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Cinco anos depois, apoio de britânicos ao Brexit despenca e governo quer 'mais cooperação' com UE

Localizada no bairro londrino de Westminster, próxima ao parque St. James, a casa número 10 da rua Downing (10 Downing Street) é a residência oficial do primeiro-ministro do Reino Unido desde 1732, quando o rei George 2º doou a propriedade ao governo inglês. Projetada por George Downing, a residência na verdade é composta por três construções, o que a torna uma verdadeira mansão - Getty Images
Localizada no bairro londrino de Westminster, próxima ao parque St. James, a casa número 10 da rua Downing (10 Downing Street) é a residência oficial do primeiro-ministro do Reino Unido desde 1732, quando o rei George 2º doou a propriedade ao governo inglês. Projetada por George Downing, a residência na verdade é composta por três construções, o que a torna uma verdadeira mansão Imagem: Getty Images

31/01/2025 15h40Atualizada em 31/01/2025 20h11

Cinco anos após a saída do Reino Unido da União Europeia, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, defendeu nesta sexta-feira (31) a necessidade de desenvolver uma "relação mais cooperativa" com a UE, três dias antes de uma reunião com líderes do bloco.

De acordo com Downing Street, a sede do governo britânico, Keir Starmer, que votou contra o Brexit e a favor da permanência na UE no referendo de 2016, não tem planos para marcar o quinto aniversário, que passou quase despercebido nesta sexta-feira (31).

"Estamos olhando para o futuro e sabemos que podemos fazer melhor para que o Brexit funcione para o povo britânico", disse um porta-voz do primeiro-ministro aos repórteres nesta sexta-feira. "É do interesse nacional do Reino Unido ter um relacionamento mais cooperativo com a UE", acrescentou.

Na segunda-feira, o premiê deve viajar para a Bélgica para participar de uma reunião informal dos chefes de Estado e de governo dos 27 países sobre o tema da defesa. Essa será a primeira vez que um primeiro-ministro britânico participa da reunião desde o Brexit.

Retrospectiva do Brexit

No referendo de 2016, organizado pelo governo conservador então liderado por David Cameron, 52% dos eleitores votaram pela saída do Reino Unido da UE, após uma campanha febril que dividiu profundamente o país.

Mas foi somente após três anos e meio de difíceis negociações entre Bruxelas e Londres que o Reino Unido deixou oficialmente a UE em 31 de janeiro de 2020. Após um período de transição, o Brexit tornou-se totalmente efetivo em 31 de dezembro de 2020.

Desde então, as relações entre os dois parceiros continuaram complicadas, principalmente durante o mandato do primeiro-ministro Boris Johnson (julho de 2019 a setembro de 2022), marcado por longas negociações para definir novas regras comerciais pós-Brexit.

Apoio ao Brexit despencou

Em cinco anos, o apoio britânico ao Brexit diminuiu muito. De acordo com uma pesquisa da YouGov publicada esta semana, apenas 30% dos britânicos dizem que o país fez a coisa certa ao votar pelo Brexit, o nível mais baixo já registrado. E apenas 11% acreditam que o Brexit foi um sucesso.

Desde que retornou ao poder em julho, o Partido Trabalhista, de Starmer, declarou sua intenção de "redefinir" o relacionamento do Reino Unido com a UE, sem retornar ao mercado comum, à união alfandegária ou à livre circulação de pessoas.

Keir Starmer afirmou várias vezes que deseja negociar um acordo comercial melhor como parte da renovação planejada do atual tratado de cooperação em 2026, bem como um novo pacto de defesa e segurança.

(Com AFP)

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