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Chuvas fortes elevam riscos de inundações históricas no oeste da França

30/01/2025 12h14

Três departamentos do oeste da França continuam em vigilância vermelha para inundações nesta quinta-feira (30), e a cidade de Redon, "quase isolada", se prepara para um pico histórico do rio Vilaine.

Cercada por rios, pântanos e um canal, a região de Redon, no departamento de Ille-et-Vilaine, na fronteira com o Morbihan e a Loire-Atlantique, com cerca de 10.000 habitantes, é particularmente vulnerável.

O pico da cheia do Vilaine, ainda alimentado pelas chuvas que caíram na quarta-feira sobre a Bretanha, ainda não está definido com certeza. "Não será atingido hoje. Certamente amanhã", segundo as últimas informações da prefeitura de Redon.

Embora o rio tenha se estabilizado na manhã de quinta-feira em um nível ligeiramente inferior às cheias históricas de 1995 e 1936, "a vazante será lenta, isso dá um pouco de medo", diz Isabelle Rousselet, 66 anos, enquanto contempla "essas águas impressionantes".

"Solidariedade com os habitantes do oeste que enfrentam inundações", escreveu o presidente Emmanuel Macron no X (antigo Twitter) na manhã de quinta-feira. "Pensamentos para os prefeitos. Sei da mobilização deles e da situação. Agradeço a eles pelo trabalho realizado com suas equipes e os serviços do Estado, cuja dedicação saudamos", acrescentou.

"O estado de catástrofe natural será declarado nos próximos dias", afirmou a ministra da Transição Ecológica, Agnès Pannier-Runacher, à Franceinfo.

Cidade quase isolada

Segundo o prefeito de Redon, Pascal Duchêne, "a cidade está quase isolada" e a circulação de trens entre Rennes e Nantes -via Redon- está interrompida, e apenas uma  rodovia permanece acessível.

Nos departamentos de Ille-et-Vilaine, Loire-Atlantique e Morbihan, os rios Seiche e o Vilaine, em suas partes média e inferior, continuam em vigilância vermelha para inundações.

O site de previsões Vigicrues prevê "níveis muito elevados até o final da semana", com níveis "provavelmente superiores ao limite histórico da cheia de janeiro de 1995 no rio Vilaine, em Redon, e a de dezembro de 1999 no rio Oust, em Redon".

Desde domingo, mais de mil pessoas foram evacuadas no departamento de Ille-et-Vilaine.

Essas inundações, que não causaram vítimas, também têm muitas consequências na agricultura, com estábulos submersos e sementes perdidas.

As chuvas de quarta-feira saturaram ainda mais os cursos d'água e barragens, que já haviam transbordado com as tempestades Eowyn e Herminia neste fim de semana, inundando especialmente Rennes e várias comunas de Ille-et-Vilaine.

(com AFP)

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