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PF afirma que Silveira demorou o dobro do tempo para chegar a hospital

Daniel Silveira foi condenado por estímulo a atos antidemocráticos e ataques a ministros do STF - Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados
Daniel Silveira foi condenado por estímulo a atos antidemocráticos e ataques a ministros do STF Imagem: Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados
do UOL

Do UOL, em São Paulo e Brasília

13/01/2025 20h11

A Polícia Federal afirmou, em relatório enviado ao STF nesta segunda-feira (13), que o ex-deputado federal Daniel Silveira demorou o dobro do tempo previsto para chegar ao Hospital Santa Tereza, em Petrópolis, em 21 de dezembro.

O que aconteceu

Silveira foi buscar a esposa em um condomínio às 21h32 e chegou ao hospital às 22h59, totalizando quase 1h30, segundo a PF. Ele se queixava de dor lombar, com irradiação para o flanco, e contou ao plantonista da emergência do seu histórico de insuficiência renal.

Contudo, o trajeto do local para o hospital é de apenas 43 minutos, diz a PF. No total, são 25 quilômetros para percorrer.

Silveira ficou no local até 0h37, quando deixou a esposa no condomínio às 1h31, em um trajeto de 54 minutos. Ele ficou no condomínio até 1h55.

Defesa do ex-deputado critica quebra do sigilo médico, mas diz que relatório da Polícia Federal mostra que Silveira não mentiu. "As diligências realizadas pela Polícia Federal, inclusive, violando o sigilo médico, são a prova de que tudo que foi relatado é verdade, e que revogação do livramento condicional e consequente prisão se mostrou desproporcional e desarrazoado".

Silveira saiu da prisão no dia 20 de dezembro, sob as condições de usar tornozeleira eletrônica, não sair da comarca do Rio de Janeiro e estar em casa todos os dias entre as 22h e as 6h. No dia seguinte, o ex-deputado já desrespeitou as imposições, passou a madrugada fora de casa e foi a Petrópolis, na região serrana fluminense. Inicialmente, a defesa alegou que Silveira teve um problema sério de saúde, mas o monitoramento mostrou que o ex-deputado ficou mais de uma hora em um shopping.

Ele foi condenado a 8 anos e 9 meses de prisão por estímulo a atos antidemocráticos e ataques a ministros do STF. O ex-deputado acumula idas e vindas da cadeia desde 2021, e já foi preso quatro vezes por ordem de Moraes.

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