As mudanças anunciadas por Mark Zuckerberg, CEO da Meta, podem impulsionar o apoio do centrão ao projeto de regulamentação das redes sociais, afirmou o colunista Tales Faria no UOL News desta sexta (10).
O executivo disse que a Meta — que controla o Facebook, o Instagram e o WhatsApp — removerá agências de checagens profissionais e adotará um sistema de notas da comunidade, semelhante ao usado pelo X (antigo Twitter). Lula convocou para hoje uma reunião com membros do governo para discutir a decisão da empresa.
A ideia é que Lula, e alguns ministros esperam isso, determine força total da base governista para acelerar a tramitação desse processo.
A posição da Meta e o anúncio do Zuckerberg talvez tragam mais apoio do centrão para essa tramitação do que antes, quando ficava entre bolsonaristas e governo.
Tales Faria, colunista do UOL
O governo Lula deve intensificar seu apoio ao projeto de regulamentação das redes sociais caso queira responder de forma veemente às declarações de Zuckerberg, na visão de Tales.
A expectativa é de que a resposta efetiva venha a ser a oficialização do apoio do governo à tramitação do projeto de regulamentação das redes sociais, que está parado na Câmara. Foi parado pelo Arthur Lira dentro de uma disputa entre PL, os bolsonaristas e os governistas, e que envolveu até a eleição do sucessor na presidência da Câmara.
Para não ter problemas, Lira suspendeu a tramitação do projeto inventando uma comissão especial que nunca funcionou. Vamos ver se agora com o Hugo Mota, que é o sucessor do Arthur Lira, essa comissão volta a funcionar e o projeto tramita com mais celeridade. Tales Faria, colunista do UOL
Zanini: Com reunião sobre Meta, Lula empresta força política ao Supremo
A reunião emergencial convocada por Lula é uma demonstração de apoio ao Supremo Tribunal Federal, que sai fortalecido do episódio, avaliou o colunista da Folha de S.Paulo Fábio Zanini.
O que me chama a atenção é como o governo tomou as dores do Judiciário e está investindo nessa parceria. A declaração do Zuckerberg é mais direcionada ao Judiciário. Ele não cita o STF e nem o TSE, mas é uma referência muito clara ao Brasil.
Ao dar essa declaração e ao chamar sua equipe para uma reunião para discutir isso, Lula empresta seu capital político e a força política do governo para apoiar o Judiciário e reforçar a aliança com o Supremo para tentar fornecer esse contraponto às redes sociais.
Fábio Zanini, colunista da Folha de S. Paulo
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