EUA exige respeito 'ao direito de María Corina Machado falar livremente' na Venezuela
Os Estados Unidos exigiram, nesta quinta-feira (9), que "se respeite o direito de María Corina Machado de falar livremente" na Venezuela, depois que, segundo sua equipe, a líder opositora ao presidente Nicolás Maduro foi "retida à força" antes de ser liberada, informou um porta-voz da Casa Branca.
"Condenamos e continuamos condenando publicamente Maduro e seus representantes por tentarem intimidar a oposição democrática", declarou à AFP um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional que preferiu permanecer anônimo.
María Corina Machado participou de um protesto contra Maduro nesta quinta-feira, véspera da posse do líder chavista, proclamado vencedor das eleições de julho pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) em meio a denúncias de fraude.
Ao deixar a manifestação em Caracas, Machado "foi interceptada e derrubada da moto em que estava", afirmou sua equipe política na rede social X.
"No incidente, dispararam armas de fogo. Ela foi levada à força. Durante o período de seu sequestro, foi forçada a gravar vários vídeos e, posteriormente, foi liberada", acrescentaram.
O governo do presidente em fim de mandato, Joe Biden, denuncia uma "campanha de intimidação contra a oposição democrática".
Desde a noite de terça-feira, houve uma onda de denúncias de detenções na Venezuela, com pelo menos uma dezena de prisões.
Essas "prisões, repressão e intimidação [...] não podem esconder o fato de que Edmundo González Urrutia é o verdadeiro vencedor das eleições de 28 de julho", afirmou o porta-voz da Casa Branca.
Washington reconhece González como presidente eleito. Ele está exilado na Espanha após a emissão de uma ordem de captura contra ele e deseja retornar ao país para tomar posse.
Biden recebeu González esta semana na Casa Branca para expressar seu apoio.
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