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'Ainda estamos aqui' e 'democracia venceu': o que Lula disse em ato do 8/1

Ato do governo Lula em memória do 8 de janeiro Imagem: Reprodução/Youtube

Do UOL, em São Paulo

08/01/2025 13h50

Em ato que marcou os dois anos da invasão das sedes dos Três Poderes, o presidente Lula (PT) disse nesta quarta-feira (8) que "ainda estamos aqui" apesar dos golpistas e que a "democracia venceu".

O que aconteceu

Três cerimônias foram programas no Planalto para o ato que marca a data. Atos foram marcados também por 8 de Janeiro gritos de "Sem anistia" por parte do público.

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O evento teve diversas referências ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), embora nunca citado pelas autoridades. "Cadeia para o genocida", gritou outro apoiador, após o discurso de Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça.

'Ainda estamos aqui'

Hoje é dia de dizer em alto e bom som, ainda estamos aqui. Estamos aqui para fizer que estamos vivos, que a democracia está viva ao contrário do que planejam golpistas de 8 janeiro de 2023. Estamos aqui, mulheres e homens, de diferentes origens, crenças, unidos por uma causa em comum. Estamos aqui pra dizer alto e bom som: ditadura nunca mais, democracia sempre.
Lula

Fala lembra o filme de Walter Salles "Ainda Estou Aqui". A obra teve a atuação de Fernanda Torres, que recebeu o Globo de Ouro no último domingo (5) por interpretar Eunice Paiva, esposa de Rubens Paiva, assassinado durante a ditadura militar no Brasil.

'Ninguém vai parar de te chamar de Xandão'

Eu tenho 79 anos de idade já vivi muito a vida da Suprema Corte brasileira e nunca conheci um ministro da Suprema Corte que tivesse um apelido dado pelo povo chamado Xandão. E desse apelido você nunca mais vai se libertar, pode ficar sério. E não adianta ficar nervoso que ninguém vai parar de te chamar de Xandão.
Lula

O apelido do ministro Alexandre de Moraes foi popularizado por bolsonaristas. E é usado em manifestações também nas redes sociais.

'Bando de aloprados'

Escapei da tentativa junto com Xandão e com o companheiro Alckmin de um atentado de um bando de irresponsáveis, eu diria, um bando de aloprados, que acharam que não precisava deixar a Presidência depois do resultado eleitoral e que seria fácil tomar o poder. Ou seja, eu fico imaginando se tivesse dado certo a tentativa de golpe deles, o que iria acontecer nesse país?
Lula

Ninguém foi ou será preso injustamente. Todos pagarão pelos crimes que cometeram, todos, inclusive os que planejaram o assassinato do presidente, do vice-presidente da República e do presidente do Tribunal Superior Eleitoral.

A Polícia Federal prendeu militares suspeitos de envolvimentos num plano de golpe que envolvia assassinatos. Lula, Alckmin e Moraes seriam os alvos da época, segundo as investigações da PF.

'Jogo é o da democracia'

A Constituição estabeleceu que o jogo é o da democracia e, numa democracia, não cabe ao árbitro construir o resultado. O juiz não pode deixar de responsabilizar quem violou as regras do jogo, mas não lhe cabe dizer quem vai ganhar.
Edson Fachin, ministro do STF

Fachin afirmou é preciso lembrar do que ocorreu em 8 de janeiro de 2023 para que "não se repita". Ele representou o STF no evento em Brasília.

'Ataque a democracia não começou em 8/1'

Ataque à nossa democracia não começou em 8 de janeiro. O processo foi mais sutil, mais gradual. Passamos a viver um clima de desinformação crescente alimentado por ataques à eficiência da urna eletrônicas, ao próprio processo eleitoral e, por conseguinte, à nossa Justiça Eleitoral.
Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça

Lewandowski era ministro do STF na época dos ataques e classificou o episódio como lastimátivel. "A história do Brasil nos mostra que tentativas de conspiratas não foram exceções", disse.

Janja cita artistas e filme

Os artistas brasileiros projetam aquilo que o nosso país tem de melhor: sua gente e sua inventividade transformadora e inovadora. Um exemplo disso é o fato de nossa queridíssima amiga Fernanda Torres ter recebido uma premiação tão importante por sua atuação em 'Ainda Estou Aqui', representando uma mulher emblemática como Eunice Paiva, em um filme que relembra uma parte triste e obscura da nossa história. Mas uma parte que não podemos esquecer.
Janja da Silva, primeira-dama

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