'As fronteiras não devem se mover pela força', responde Alemanha a Trump
A Alemanha disse a Donald Trump, nesta quarta-feira (8), que as fronteiras não devem ser alteradas pela força, depois que o presidente eleito dos EUA se recusou a descartar uma ação militar para tomar a Groenlândia, um território autônomo pertencente à Dinamarca.
"Como sempre, aplica-se o princípio firme (...) de que as fronteiras não devem ser alteradas pela força", disse o porta-voz do governo alemão, Steffen Hebestreit.
Na terça-feira, Trump voltou a defender o controle do Canal do Panamá e da Groenlândia por "razões de segurança econômica".
O presidente eleito se recusou a descartar uma ação militar que lhe permitiria tomá-los, apesar da rejeição categórica de seus planos por parte do Panamá e da Dinamarca.
"A Groenlândia pertence aos groenlandeses", reiterou a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, na terça-feira, por ocasião da chegada do filho do presidente eleito, Donald Trump Jr, ao território.
A Groenlândia, um território autônomo da Dinamarca, é "um território [ultramarino] da União Europeia. Está fora de lugar para a UE permitir que outras nações do mundo, sejam elas quais forem, ataquem suas fronteiras soberanas", disse o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noël Barrot, nesta quarta-feira.
Seu colega panamenho, Javier Martínez-Acha, também reiterou no dia anterior que a soberania do Canal do Panamá, que os Estados Unidos entregaram ao país centro-americano em 31 de dezembro de 1999, "não é negociável".
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