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Rússia diz que atingiu forças ucranianas na região de Kursk

07/01/2025 10h40

(Reuters) - O Ministério da Defesa da Rússia disse nesta terça-feira que suas tropas haviam infligido fortes ataques a unidades ucranianas na região de Kursk, no oeste russo, onde militares da Ucrânia relataram uma escalada nos combates nas últimas 24 horas.

A Ucrânia, que se apoderou de parte da região de Kursk em agosto e a mantém há cinco meses, lançou uma nova ofensiva no domingo, mas não forneceu detalhes sobre a operação nem declarou quais são seus objetivos.

Nesta terça-feira, o Estado-Maior da Ucrânia registrou 94 confrontos na região de Kursk no último dia, em comparação com 47 no dia anterior.

O Instituto para o Estudo da Guerra, com sede nos Estados Unidos, disse que imagens geolocalizadas publicadas no domingo e na segunda-feira indicaram recentes avanços ucranianos em três áreas a nordeste da cidade de Sudzha.

O instituto disse que as forças russas estavam tentando atacar outras áreas da região. Blogueiros militares russos relataram combates em Malaya Loknya, a noroeste de Sudzha.

Um comunicado do Ministério da Defesa russo listou seis locais onde suas forças teriam derrotado brigadas ucranianas e outros sete - incluindo um no lado ucraniano da fronteira - onde teriam sido realizados ataques contra tropas e equipamentos ucranianos.

A Reuters não conseguiu verificar de forma independente os relatos do campo de batalha de ambos os lados.

Capturar e manter uma fatia do território russo na região de Kursk deu à Ucrânia uma moeda de troca em possíveis negociações de paz, já que ambos os lados lutam para melhorar suas posições no campo de batalha antes do retorno de Donald Trump à Casa Branca.

O presidente eleito dos EUA, que tomará posse em 20 de janeiro, tem dito repetidamente que encerrará rapidamente a guerra de quase três anos, mas sem dizer como.

No entanto, a ofensiva da Ucrânia em Kursk desde agosto passado tem tido um custo, pois a Rússia tem avançado no leste da Ucrânia no ritmo mais rápido desde 2022. A Rússia controla cerca de 20% do território de seu vizinho.

(Por Mark Trevelyan e Alexander Marrow em Londres e Anastasiia Malenko em Kiev)

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