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Chile convoca embaixador na Venezuela e questiona eleição de Maduro

Governo chileno encerrou a atuação do embaixador Jaime Gazmuri na Venezuela - Divulgação/Ministério das Relações Exteriores do Chile
Governo chileno encerrou a atuação do embaixador Jaime Gazmuri na Venezuela Imagem: Divulgação/Ministério das Relações Exteriores do Chile
do UOL

Colaboração para o UOL, de Belo Horizonte, e do UOL, em São Paulo*

07/01/2025 13h59

O Ministério das Relações Exteriores do Chile emitiu um comunicado nesta terça-feira (7) sobre o término da missão do seu embaixador na Venezuela.

O que aconteceu

Embaixador Jaime Gazmuri era o único diplomata chileno na Venezuela. Em agosto, o governo de Maduro havia expulsado o restante do corpo diplomático.

No comunicado, o ministério afirma que Nicolás Maduro continuará sendo presidente da Venezuela "como resultado de uma fraude eleitoral perpetrada por seu regime". O texto diz, ainda, que a retirada do embaixador do país se deve "à evolução dos fatos desde as eleições presidenciais de 28 de julho de 2024".

Governo chileno informou que espera "que a Venezuela possa regressar ao caminho da democracia e da promoção e proteção dos direitos humanos". De acordo com a nota, esses "valores, atualmente, se encontram ausentes no país irmão".

Ação ocorre na semana em que Nicolás Maduro tomará posse em seu terceiro mandato consecutivo. Cerimônia está prevista para a próxima sexta-feira (10), em meio a denúncias de fraude feitas pela oposição, que reivindica a vitória de Edmundo González Urrutia, exilado desde 8 de setembro.

Na segunda-feira (6), o Paraguai também havia exigido a saída de seu corpo diplomático da Venezuela. Fato aconteceu após a Venezuela anunciar que havia rompido relações com o país como represália ao presidente paraguaio, que expressou apoio a Edmundo.

Após as contestações internacionais à proclamação de Maduro, o governo venezuelano retirou seu pessoal diplomático de vários países. São eles: Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai.

Estados Unidos, União Europeia e vários países latino-americanos rejeitaram a reeleição do presidente esquerdista. A oposição venezuelana denuncia fraude nas eleições de 28 de julho e tenta com que Edmundo assuma o poder no lugar de Nicolás Maduro.

González disse que irá à posse no lugar de Maduro. Em entrevista concedida em Buenos Aires neste sábado (4), o líder da oposição comunicou os planos. "Minha intenção é ir à Venezuela para tomar posse do mandato que os venezuelanos me deram quando me elegeram com 7 milhões de votos", afirmou, sem detalhar o plano.

A reeleição do herdeiro político de Hugo Chávez desencadeou protestos que resultaram em 28 mortos e 200 feridos. Além disso, houve mais de 2.400 presos, incluindo adolescentes, acusados de terrorismo e encarcerados em prisões de segurança máxima. Cerca de 1.500 já foram liberados. Três dos detidos morreram na prisão.

* (Com AFP)

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