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Atividade do setor de serviços dos EUA volta a acelerar em dezembro, mostra ISM

07/01/2025 12h15

Por Lucia Mutikani

WASHINGTON (Reuters) - A atividade do setor de serviços dos Estados Unidos acelerou em dezembro, mas um aumento em uma medida de preços pagos por insumos, que se aproximou do ponto mais alto em dois anos, indicou uma inflação elevada, consistente com a projeção do Federal Reserve de menos cortes na taxa de juros este ano.

O Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM) informou nesta terça-feira que seu Índice de Gerentes de Compras (PMI) do setor não manufatureiro subiu para 54,1 em dezembro, de 52,1 em novembro, em meio à forte demanda. Economistas consultados pela Reuters previam que o PMI de serviços subiria para 53,3.

Uma leitura do PMI acima de 50 indica crescimento no setor de serviços, que responde por mais de dois terços da economia norte-americana. O ISM considera que as leituras do PMI acima de 49, ao longo do tempo, geralmente indicam uma expansão da economia como um todo.

O PMI se soma aos chamados dados concretos, incluindo os gastos do consumidor, que têm sugerido um sólido desempenho econômico no quarto trimestre de 2024. O ISM disse na semana passada que seu PMI do setor industrial aumentou para uma máxima de nove meses em dezembro.

A confiança das empresas tem aumentado desde a vitória do presidente eleito Donald Trump em novembro, devido às expectativas de cortes de impostos e de um ambiente regulatório mais flexível.

No entanto, há preocupações de que outras promessas de Trump, incluindo tarifas mais altas sobre produtos importados e deportações em massa, possam aumentar a inflação e sufocar o crescimento.

A medida de novos pedidos da pesquisa aumentou de 53,7 em novembro para 54,2 no mês passado. O índice de atividade empresarial subiu para 58,2, de 53,7 no mês anterior.

Com o aumento da demanda, o custo dos insumos também cresceu. A medida de preços pagos para insumos de serviços saltou para 64,4, a leitura mais alta desde fevereiro de 2023, de 58,2 em novembro.

O progresso na redução da inflação para a meta de 2% do Fed estagnou durante a maior parte do segundo semestre de 2024 em meio a uma economia resiliente. No mês passado, o banco central dos EUA realizou o terceiro corte consecutivo nos juros, reduzindo a taxa em 25 pontos-base para a faixa de 4,25% a 4,50%.

Entretanto, o Fed projetou apenas duas reduções nos custos de empréstimos este ano, em comparação com as quatro que havia previsto em setembro, reconhecendo a resiliência do mercado de trabalho e da economia em geral. 

(Por Lucia Mutikani)

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