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Quanto vai custar a integração ônibus-metrô em SP após o aumento da tarifa

 Movimento nas paradas de ônibus em frente a Estação da Luz - SUAMY BEYDOUN/ESTADÃO CONTEÚDO
Movimento nas paradas de ônibus em frente a Estação da Luz Imagem: SUAMY BEYDOUN/ESTADÃO CONTEÚDO
do UOL

Do UOL, em São Paulo

06/01/2025 05h30

A partir desta segunda-feira (6), a tarifa de integração entre ônibus e metrô na cidade de São Paulo vai custar entre R$ 8,90 e R$ 10,71. O valor foi atualizado após a Prefeitura de São Paulo e o governo paulista definirem aumento nas tarifas de ônibus e do transporte sobre trilhos.

O que aconteceu

Quem faz uso do bilhete único ou cartão comum, pagará R$ 8,90 na integração entre os dois serviços de transporte coletivo em São Paulo. Anteriormente, o custo para a integração era de R$ 8,20.

Para quem faz o uso do Vale-Transporte, a integração entre ônibus e trilhos custará R$ 10,71. Antes do aumento no preço das passagens, o custo era de R$ 9,84. O valor na modalidade de Vale-Transporte geralmente é maior do que a tarifa comum.

O aumento no preço da passagem do transporte coletivo por ônibus e no transporte sobre trilhos passou a valer nesta segunda. Unitariamente, o preço da passagem para ônibus na capital paulista custa R$ 5,00. O valor da passagem metroviária agora é de R$ 5,20.

Além da capital paulista, outras cidades da região metropolitana de São Paulo também reajustaram as tarifas do transporte coletivo por ônibus. O valor da integração entre estas cidades pode variar. Confira:

  • Osasco, Carapicuíba, Barueri, Itapevi, Taboão da Serra e Jandira: A tarifa foi para R$ 5,80 .
  • Suzano: A tarifa passou de R$ 5,30 para R$ 6,00;
  • Itaquaquecetuba: A tarifa foi para R$ 5,80;
  • Caieiras: A passagem foi de R$ 5,00 para R$ 5,50;
  • Ferraz de Vasconcelos: A tarifa subiu de R$ 5,30 para R$ 6,00;
  • Santo André: A tarifa foi de R$ 5,70 para R$ 5,90;
  • Ribeirão Pires: A passagem foi de R$ 4,85 para R$ 5,40;
  • Arujá: A tarifa subiu de R$ 5,00 para R$ 5,50;
  • Mauá: A tarifa no cartão foi de R$ 4,20 para R$ 4,60;

A EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo) também teve sua tarifa reajustada. Neste caso, as tarifas variam de acordo com as linhas, com a menor faixa tarifária passando de R$ 3,80 para R$ 3,95. No Corredor ABD (São Mateus/Jabaquara e Diadema/Brooklin), a tarifa foi de R$ 5,80 para R$ 6,05.

É importante notar que os valores de integração podem variar entre diferentes sistemas de transporte, de acordo com a extensão das linhas e se são linhas comuns ou seletivas.

A integração em Jandira, Barueri e Itapevi, por exemplo, funciona de uma forma diferente. Para quem usa o Cartão BENFÁCIL nessas cidades, a integração entre ônibus da Benfica e trem custará R$ 9,00. No caso específico da integração entre a linha 8-Diamante (trem) e a linha I-27 (ônibus da Benfica), o valor será de R$ 5,20.

Aumento na capital

O aumento em São Paulo foi de 13,6%. A prefeitura argumenta que o valor ficou abaixo do índice de 32% de inflação acumulada desde a última mudança, em janeiro de 2020. "Caso a tarifa considerasse a recomposição da inflação, passaria dos R$ 4,40 para no mínimo R$ 5,84", informou a administração municipal em nota.

Custo do sistema aumentou de R$ 8,7 bilhões em 2019 para R$ 11,3 bilhões em 2024. "Para ter uma ideia, o diesel deu 57% de reajuste enquanto a inflação geral desse período deu 33% de reajuste", disse Andréa Compri, superintendente da SPTrans, empresa que administra o transporte público municipal. "Carros com ar-condicionado foram incluídos na frota".

SPTrans afirma que houve redução de passageiros pagantes. Segundo a empresa, em 2019, eram 52% de pagantes, 23% de gratuidades e 25% de integração entre ônibus sem acréscimo tarifário. Em 2024, os passageiros pagantes equivalem a 50%, as gratuidades chegam a 28% e os ônibus sem acréscimo tarifário chegam a 22%. "Se consolida a gratuidade, mais o 'domingão de tarifa zero'", afirmou Andrea.

A receita tarifária era de R$ 5,5 bilhões em 2019; em 2024, caiu para R$ 4,6 bilhões. Segundo a superintendente, hoje o custo total do sistema de transporte é de mais de R$ 1 bilhão por mês, sendo R$ 11,86 por passageiro equivalente [aquele que traz a receita sem utilizar subsídio]. Média de custo entre passageiros pagantes e não pagantes é de R$ 7,62, segundo a SPTrans.

Parlamentares tentaram barrar o aumento. Deputados e vereadores do PSOL entraram com uma ação popular na Justiça para tentar suspender o aumento que entrou em vigência nesta segunda. No ofício, os parlamentares alegaram que a reunião do CMTT (Conselho Municipal de Trânsito e Transporte), que definiu o aumento, foi feita "sem convocação prévia" e não contou com "participação popular".

Justiça manteve aumento. Após mandar a prefeitura apresentar documentos e explicar a necessidade do aumento, o TJ entendeu que a atualização da tarifa era necessária e que a reunião aconteceu dentro dos parâmetros estabelecidos, e acabou mantendo o reajuste.

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