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Por que é uma roubada dirigir com prendedor de cabelo e outros acessórios

Nada de prendedor do tipo "piranha"; prefira usar elásticos e faixas para prender o cabelo enquanto você dirige - Getty Images/iStockphoto
Nada de prendedor do tipo 'piranha'; prefira usar elásticos e faixas para prender o cabelo enquanto você dirige Imagem: Getty Images/iStockphoto
do UOL

Wandick Donett

Colaboração para o UOL

06/01/2025 05h30

Alguns acessórios pessoais e itens dentro do carro podem aumentar os riscos de acidentes graves.

Adereços como presilhas de cabelo, brincos pontiagudos, óculos, cintos e anéis podem, em caso de colisão, perfurar partes do corpo e agravar lesões. Além disso, acessórios mal posicionados, como cadeirinhas de bebê, podem ser fatais se não forem instalados corretamente.

Em caso de colisão ou frenagem brusca, a presilha pode pressionar contra a cabeça, causando lesões no couro cabeludo, crânio ou no pescoço.

Prendedor de cabelo com garras, conhecido como 'piranha', deve ser evitado ao volante - Divulgação - Divulgação
Prendedor de cabelo com garras, conhecido como 'piranha', deve ser evitado ao volante
Imagem: Divulgação

O major Fábio Contreiras, porta-voz do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, esclarece a questão.

"As lesões mais graves estão relacionadas à transmissão de energia cinética nos momentos de desaceleração e mudança de direção. Adereços como brincos, presilhas e anéis têm um papel coadjuvante no que se refere a lesões graves, mas para evitar riscos, recomenda-se retirar acessórios pessoais pontiagudos e optar por itens mais seguros, como elásticos para cabelo", explica Contreiras.

Segundo ele, as lesões mais significativas geralmente ocorrem no contato com as partes do veículo, como vidros e painéis. "No caso de objetos dentro do carro, colocá-los no porta-malas é a melhor opção para garantir a segurança".

"É mais prudente, por estatística e probabilidade, ficar atento aos riscos relacionados a tudo aquilo que nós podemos carregar dentro do veículo. Qualquer ser vivo ou objeto dentro do carro que não esteja preso ou ancorado no próprio veículo, certamente vai se tornar um projétil com energia suficiente para causar danos a quem estiver próximo".

Pets no carro

Cachorro no carro - Getty Images - Getty Images
Imagem: Getty Images

Contreiras alerta que passageiros, cães e gatos sem o cinto de segurança, se tornam grandes ameaças e podem ser projetados de forma violenta uns contra os outros em caso de batida.

Objetos como sacolas, mochilas, notebooks e bolsas pesadas que estejam soltas dentro do veículo também podem ser fatais se arremessados dentro do veículo .

"Em uma colisão, eles provavelmente serão arremessados em cima das vítimas e podem causar traumas graves".

Sobre as cadeirinhas de bebê, o especialista enfatiza que não devem ser colocadas no banco da frente.

"Crianças com até 10 anos de idade e com menos de 1,45m de altura devem estar no banco traseiro. Além do risco de sofrer um choque frontal, podem estar expostas ao acionamento do airbag dianteiro que pode causar lesões secundárias", alerta.

O CTB (Código de Trânsito Brasileiro) prevê exceções, como crianças podem ser transportadas no banco da frente se o veículo não tiver banco traseiro, mas recomenda a desativação do airbag e o recuo total do banco ao instalar dispositivos de retenção na frente.

"O único caso em que se coloca o dispositivo de retenção no sentido contrário ao do deslocamento do veículo, ou seja, diferentemente do tradicional, é no caso do chamado bebê conforto ou conversível. Essa orientação é para bebês com até 1 ano de idade e com peso de até 13 kg", explica.

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