Mediana de IPCA 2025 passa de 4,96% para 4,99%, projeta Focus
A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2025 subiu pela 12ª semana consecutiva, de 4,96% para 4,99% - acima do teto da meta, de 4,50%. Um mês antes, a projeção intermediária era de 4,59%. Considerando apenas as 57 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana passou de 5,09% para 4,99%.
A partir deste ano, a meta começa a ser apurada de forma contínua, com base na inflação acumulada em 12 meses. O centro continua em 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos. Se o IPCA ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, considera-se que o Banco Central perdeu o alvo.
A mediana para o IPCA de 2024 caiu de 4,90% para 4,89%, também acima do teto da meta, de 4,50%. Quatro semanas atrás, estava em 4,84%. Levando em conta apenas as 58 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa passou de 4,90% para 4,85%. O IPCA de dezembro será divulgado pelo IBGE nesta sexta-feira, 10.
A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2026 subiu de 4,01% para 4,03%, pouco mais distante do centro do que do teto da meta. Um mês atrás, estava em 4,0%. A estimativa intermediária para a inflação de 2027 aumentou de 3,83% para 3,90%, contra 3,58% quatro semanas atrás.
O Comitê de Política Monetária (Copom) considera o segundo trimestre de 2026 como horizonte relevante da política monetária. O colegiado espera um IPCA de 4,0% nos quatro trimestres fechados nesse período, no cenário com a taxa Selic do Focus (de 6 de dezembro) e dólar começando em R$ 5,95 e evoluindo conforme a paridade do poder de compra (PPC).
Também no cenário de referência, o Banco Central espera que o IPCA termine 2024 em 4,90% e desacelere a 4,50% em 2025.