EUA permitem transações com instituições governamentais na Síria, apesar de sanções
Por Timour Azhari e Daphne Psaledakis
DAMASCO/WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos emitiram nesta segunda-feira uma isenção de sanções para transações com instituições governamentais na Síria por seis meses após o fim do governo de Bashar al-Assad, em uma tentativa de facilitar o fluxo de assistência humanitária.
A isenção, conhecida como licença geral, também permite algumas transações de energia e remessas pessoais para a Síria até 7 de julho. A medida não removeu nenhuma sanção.
A Síria sofre de grave escassez de energia, com eletricidade fornecida pelo Estado disponível apenas duas ou três horas por dia na maioria das áreas. O governo provisório diz que pretende fornecer eletricidade até oito horas por dia dentro de dois meses.
O Tesouro dos EUA disse que a medida busca "ajudar a garantir que as sanções não impeçam serviços essenciais e a continuidade das funções de governança em toda a Síria, incluindo o fornecimento de eletricidade, energia, água e saneamento".
Uma ofensiva rebelde relâmpago pôs um fim repentino a décadas de governo da família Assad em 8 de dezembro. Os rebeldes islâmicos Hayat Tahrir al-Sham (HTS), que lideraram o avanço e estabeleceram o governo provisório da Síria, renunciaram a seus laços com a Al Qaeda. Mas os EUA continuam a designá-los como uma entidade terrorista.
Estados Unidos, Reino Unido, União Europeia e outros governos impuseram duras sanções à Síria após a repressão de Assad a protestos pró-democracia em 2011 se transformar em uma guerra civil.
(Reportagem de Timour Azhari em Damasco, Disha Mishra em Bengaluru, Daphne Psaledakis em Washington, Michelle Nichols em Nova York e Steve Holland em West Palm Beach)