Israel intercepta míssil do Iêmen e disparo é reivindicado por rebeldes houthis apoiados pelo Irã
O exército israelense anunciou na manhã de domingo (5) que interceptou um míssil do Iêmen antes que ele entrasse em seu território, um disparo reivindicado pelos rebeldes houthis apoiados pelo Irã. A operação militar teve como alvo "a usina elétrica de Orot Rabin, ligada ao inimigo israelense ao sul da região de Haifa", e foi realizada com "um míssil balístico hipersônico", disse o porta-voz militar houthi Yahya Saree.
"Após o soar das sirenes de alerta (...) em Talmei Elazar (no norte de Israel), um míssil lançado do Iêmen foi interceptado antes de entrar em território israelense", anunciou o exército em uma mensagem na rede social Telegram. Pouco depois, os rebeldes iemenitas reivindicaram a responsabilidade pelo ataque.
Os houthis intensificaram seus ataques com mísseis e drones contra Israel desde o início da guerra na Faixa de Gaza, que começou em 7 de outubro de 2023 com um ataque sem precedentes em solo israelense pelo movimento islâmico palestino Hamas, alegando estar agindo em solidariedade aos palestinos.
Na sexta-feira, o exército israelense anunciou que havia interceptado um míssil e um drone do Iêmen, dois ataques também reivindicados pelos houthis, que controlam grandes extensões de território no Iêmen.
Israel respondeu realizando ataques no Iêmen em duas ocasiões. Os houthis também atacam navios ligados a Israel, aos Estados Unidos e ao Reino Unido que navegam no mar Vermelho e no golfo de Aden.
Seus ataques interromperam o tráfego nessa zona marítima estratégica para o comércio mundial, levando os Estados Unidos a criarem uma coalizão marítima internacional e a atacarem alvos rebeldes no Iêmen, às vezes com a ajuda do Reino Unido.
Na manhã de domingo, a agência de notícias Saba e o canal de televisão Al-Massirah, ambos sob o controle dos Houthis, relataram "três ataques" atribuídos às forças americanas e britânicas a leste de Saada, um reduto rebelde no noroeste do Iêmen. A mídia não mencionou nenhum dano ou vítima.
Não houve reação imediata dos Estados Unidos ou do Reino Unido.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmaïl Baghaï, "condenou veementemente os ataques aéreos americanos e britânicos" no Iêmen.
Na terça-feira, Washington disse que havia realizado ataques contra alvos militares rebeldes, principalmente na capital do Iêmen, Sanaa. O porta-voz dos houthis, Mohammed Abdulsalam, denunciou a "agressão americana", "uma clara violação da soberania de um estado independente e um apoio flagrante a Israel".
(Com AFP)