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Tempo de espera para atendimento de surto de virose foi normalizado, diz prefeitura de Guarujá

Medicamentos para diarreia, vômito e náusea sumiram rapidamente das prateleiras das farmácias de Guarujá (SP) - Renata Okumura/Estadão
Medicamentos para diarreia, vômito e náusea sumiram rapidamente das prateleiras das farmácias de Guarujá (SP) Imagem: Renata Okumura/Estadão

São Paulo

04/01/2025 22h03

A Secretaria Municipal de Saúde de Guarujá, no litoral de São Paulo, informou neste sábado (4) que o tempo de espera nas unidades de atendimento voltou "praticamente ao normal" e que a onda de infecções gastrointestinais "parece já ter deixado a cidade".

Nos últimos dias, moradores e turistas apresentaram sintomas de virose e enfrentaram dificuldade para conseguir atendimento e remédios nos hospitais e farmácias da cidade.

"Fomos para Guarujá em sete pessoas. Todas ficaram mal", contou a engenheira civil Carolina Simões, de 28 anos.

No dia 1, a fila de espera na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Enseada chegava a 4 horas e, na unidade da rodoviária, a 2 horas e 40 minutos. Neste sábado, o tempo foi de 1 hora e 20 minutos e de 40 minutos, respectivamente, segundo a prefeitura.

"O reforço da estrutura, com mais médicos, enfermeiros e estações para aplicação de soro, deu resultado. Hoje, as salas de emergência e soroterapia dos prontos-socorros estão vazias, não há mais filas e as Unidades de Saúde da Família apresentam fluxo de pessoas dentro da normalidade", disse em nota o coordenador da Vigilância Sanitária de Guarujá, Marco Chacon.

Na sexta-feira (3), a prefeitura informou ter acionado a Sabesp sobre o risco de possíveis vazamentos de esgoto. A gestão municipal também aguarda os resultados das análises de amostras enviadas ao Instituto Adolfo Lutz.

"Queremos descobrir a origem da virose, que começou ainda antes do Natal, e só os laudos trarão essa resposta. A onda de infecção agora migrou para as cidades vizinhas, o que é muito comum em casos de viroses causadas, provavelmente, por norovírus, transmitidos por água contaminada", acrescentou Chacon.

Como mostrou o Estadão, o governo de São Paulo ainda não tem a dimensão do surto de virose no litoral e se há uma fonte de contaminação em comum entre os municípios - a Praia Grande, por exemplo, também observa o aumento de casos com o mesmo perfil.

Recomendações

A prefeitura de Guarujá reforçou que, mesmo com a melhora no cenário, é preciso redobrar alguns cuidados básicos:

  • lavar sempre as mãos;
  • evitar alimentos crus ou lavá-los muito bem;
  • evitar produtos de origem duvidosa ou expostos ao sol;
  • certificar-se da procedência do gelo e da água consumidos nas praias;
  • e evitar aglomerações e locais fechados.

Para aqueles que se contaminaram, são recomendados repouso e hidratação. Se os sintomas persistirem por mais de 12 horas, a orientação é procurar atendimento médico.

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