Polícia: chefe do tráfico no CE é preso com 1,3 tonelada de maconha em SP
O homem considerado chefe do tráfico de drogas no Ceará foi preso no interior de São Paulo nesta sexta (3), em uma operação conjunta das polícias Civil e Militar dos dois estados. Mais de uma tonelada de maconha foi encontrada. A defesa alega que a prisão foi ilegal e que o homem é apenas "uma peça descartável do tráfico".
O que aconteceu
Homem tinha mandado de prisão em aberto no Ceará. Conforme a Secretaria de Segurança Pública de SP (SSP-SP), tudo começou com a abordagem feita pela Polícia Militar a um carro com quatro pessoas no município de Campo Limpo Paulista, a 72km da capital. Uma mulher que estava sem documentos conduzia o veículo. O homem estava no banco do passageiro, e, durante a revista, foi constatado que havia um mandado de prisão por tráfico de drogas em uma cidade do interior do Ceará.
A jovem não soube dizer o endereço em que vivia e apontou a casa de uma amiga, que também estava no carro. Os policiais foram até o suposto local e não constataram irregularidades, mas a "amiga" negou que a jovem morasse lá.
Na delegacia, o homem informou o verdadeiro endereço. A casa fica em Jarinu, município vizinho. Equipes se deslocaram até a residência com a jovem, que tinha a chave do local.
Mais de cem tijolos de maconha foram localizados na residência, pesando 1,3 tonelada. Um quilo de pasta base de cocaína também foi apreendido.
O suspeito e a namorada foram encaminhados à Delegacia de Campo Limpo Paulista. O caso foi registrado como tráfico de drogas e captura de procurado. O homem é apontado como responsável pelo controle do tráfico no interior do Ceará, com acusações por homicídio, roubo, receptação, associação criminosa, posse e porte ilegal de arma de fogo. A amiga que estava no carro foi ouvida e liberada.
Defesa alega que a prisão foi ilegal e que homem não é chefe do tráfico. Em nota enviada ao UOL, o advogado Reinalds Klemps diz que a polícia não tinha mandado judicial para entrar na casa e que a afirmação de que o casal permitiu o acesso "não convence". "Ele é apenas uma peça descartável na empreitada (mula). Aguardamos que os fatos sejam esclarecidos o quanto antes e sua liberdade seja restabelecida", acrescentou.