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Perspectiva para economia dos EUA em 2025 é positiva, diz autoridade do Fed

Presidente do Federal Reserve de Richmond, Thomas Barkin  - Brendan McDermid/Reuters
Presidente do Federal Reserve de Richmond, Thomas Barkin Imagem: Brendan McDermid/Reuters

São Paulo

03/01/2025 14h01

A perspectiva para a economia dos Estados Unidos em 2025 é positiva, com mais chances de alta do que de baixa para o crescimento, apesar da incerteza sobre o impacto do comércio e de outras políticas que podem ser adotadas pelo novo governo Trump, disse o presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin, nesta sexta-feira (3).

"A forma como a incerteza da política econômica será resolvida será importante. Mas, com o que sabemos hoje, espero mais vantagens do que desvantagens em termos de crescimento", disse Barkin em comentários à Associação de Bancários de Maryland, com potencialmente "mais risco do lado da inflação", se, por exemplo, as contratações se fortalecerem.

Com empresas otimistas e consumidores ainda gastando, Barkin disse achar que o mercado de trabalho "está mais propenso a se voltar para a contratação do que para a demissão".

Os mercados financeiros também parecem estar mais confiantes, com menos incertezas, um alinhamento com a perspectiva do Fed de um ritmo mais lento de cortes na taxa básica no próximo ano e uma aceitação de que os juros de longo prazo "provavelmente não cairão tanto quanto alguns esperavam", disse Barkin, que não votará este ano na política de juros do Fed.

O Fed reduziu sua taxa de juros de referência em 0,25 ponto percentual na reunião de dezembro e reduziu a taxa em 1 ponto percentual em suas três últimas reuniões de 2024.

Mas com o progresso em relação à inflação estagnado e dúvidas sobre como as políticas comercial, tributária e de imigração do novo presidente Donald Trump podem afetar a economia, autoridades do Fed também projetaram que a taxa de referência cairia apenas mais 0,50 ponto percentual este ano.

Juros restritivos

A taxa de juros de referência do Fed deve permanecer restritiva até que haja mais certeza de que a inflação está retornando à meta de 2% do banco central norte-americano, disse Barkin.

"Acho que há mais risco de alta do que de baixa" para a inflação, dada a força contínua da economia e a possibilidade de novas pressões sobre os salários e outros preços, afirmou.

"Eu me coloco no campo de querer permanecer restritivo por mais tempo, em oposição à outra escola, que seria que já terminamos, então por que não reduzir os juros para o nível neutro?"

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