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Las Vegas e Nova Orleans: o que se sabe sobre ataques nos EUA no Ano-Novo

Cybertruck da Tesla explode em frente a Hotel de Trump em Las Vegas (EUA) - Reprodução/Redes sociais
Cybertruck da Tesla explode em frente a Hotel de Trump em Las Vegas (EUA) Imagem: Reprodução/Redes sociais
do UOL

Do UOL*, em São Paulo

03/01/2025 10h42

Quinze pessoas morreram e mais de 30 pessoas ficaram feridas em um atropelamento em Nova Orleans na noite de Ano-Novo. No primeiro dia do ano, um cybertruck da Tesla pegou fogo em frente ao hotel de Trump em Las Vegas, deixando um morto e sete feridos.

As autoridades investigam uma possível relação entre os ataques, embora o FBI já tenha afirmado que, até o momento, não há "vínculo conclusivo" entre os dois acontecimentos.

Nos dois casos, os carros usados foram alugados por intermédio do aplicativo de veículos compartilhados Turo. Confira o que se sabe até agora sobre os ataques.

O que aconteceu em Nova Orleans

14 mortos atropelados e mais de 30 feridos. Um homem lançou uma caminhonete contra uma multidão que comemorava a chegada de 2025 em Nova Orleans, no estado da Louisana. Com a morte do autor, o número de fatalidades é 15. Dois policiais foram feridos.

Suspeito é veterano do exército americano. Ele foi identificado como Shamsud Din Jabbar, um americano de 42 anos que vivia no Texas e morreu em troca de tiros com a polícia. Uma bandeira do grupo terrorista ISIS foi encontrada em seu carro.

Shamsud Din Jabbar atropelou e matou 10 pessoas e deixou outras 30 feridas  - Divulgação/FBI - Divulgação/FBI
Shamsud Din Jabbar atropelou e matou 10 pessoas e deixou outras 30 feridas
Imagem: Divulgação/FBI

Pentágono confirmou que ele serviu no Exército entre 2007 e 2015. Jabbar foi especialista em RH e informática, sendo reservista até 2020. Ele foi destacado para o Afeganistão de fevereiro de 2009 a janeiro de 2010, onde chegou a ocupar o posto de sargento.

Lealdade ao Estado Islâmico. As autoridades destacaram o surgimento de provas indicando que o suspeito professava lealdade ao grupo jihadista. O presidente Joe Biden afirmou que, antes do ataque, Jabbar publicou vídeos dizendo agir "inspirado" pelo ISIS.

Homem vestia roupas militares e carregava uma pistola e um fuzil. Ele também estava carregando um possível dispositivo explosivo improvisado. O FBI está investigando o incidente como um "ato de terrorismo".

Investigadores procuram saber se o autor mantinha ligações políticas ou religiosas com a organização terrorista. Uma dessas fontes também afirmou que havia explosivos em uma caixa térmica dentro do veículo usado no ataque.

O que aconteceu em Las Vegas

Um morto e sete feridos. Um cybertruck da Tesla pegou fogo do lado de fora do Trump Hotel Las Vegas no primeiro dia do ano. Reportagens relataram que o caso estava sendo investigado como um possível ato terrorista.

Fogos e tanques de gasolina foram encontrados no carro. O autor foi identificado como Matthew Livelsberger, 37, que era membro de uma unidade de forças especiais do Exército. Ele servia nas forças armadas desde 2006 e estava em licença aprovada.

Vídeos feitos por testemunhas dentro e fora do hotel de Las Vegas mostraram o veículo explodindo. O Hotel Trump International em Las Vegas faz parte da Organização Trump, a empresa do presidente eleito dos EUA, Donald Trump.

Elon Musk, presidente-executivo da Tesla, disse que a fabricante de carros elétricos estava investigando o incêndio. Horas depois, ele afirmou que a explosão teria sido causada por fogos de artifício ou bomba que estava sendo transportada no veículo.

Polícia afirmou que o cybertruck foi alugado no Colorado. O veículo chegou a Las Vegas por volta das 7h30, e o motorista dirigiu pela famosa via Strip da cidade, repleta de hotéis, cassinos e locais de entretenimento, até chegar ao hotel.

Livelsberger tinha um ferimento de bala na cabeça. Especialistas consideram que isso sugere que o suposto autor do ataque se suicidou antes da explosão. Segundo as autoridades, a motivação do ato permanece desconhecida.

Casos podem estar relacionados?

Biden confirmou que autoridades investigavam relação entre ataques. No entanto, o agente do FBI Jeremy Schwartz afirmou que a polícia trabalha com a possibilidade de serem dois eventos isolados.

Jabbar teria agido sozinho. De acordo com o FBI, apurações iniciais indicavam que o autor do ataque de Nova Orleans teria cúmplices foragidos. Posteriormente, no entanto, as investigações apontaram que Shamsud Din Jabbar agiu sozinho.

Nos dois casos, os carros usados foram alugados por intermédio do aplicativo de veículos compartilhados Turo. Segundo o xerife de Las Vegas, trata-se de uma "coincidência". Porta-voz do aplicativo disse que a empresa está colaborando com a polícia.

FBI afirma que não há "vínculo conclusivo" entre ataques. "Neste momento, não há um vínculo conclusivo entre o ataque de Nova Orleans e o de Las Vegas", afirmou Christopher Raia, um alto funcionário do FBI em uma coletiva de imprensa.

*Com informações da Reuters, RFI e AFP

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