Sobe para 13 o número de mortos no desabamento da ponte que liga MA e TO
Subiu para 13 o número de mortos no desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga o Tocantins e o Maranhão. Ainda há quatro pessoas desaparecidas.
O que aconteceu
A Marinha confirmou um novo corpo encontrado. A vítima estava no fundo rio e foi localizada com ajuda de drones subaquáticos por volta das 10h30 desta sexta-feira (3).
Mergulhadores realizaram buscas nas proximidades dos destroços da ponte, e trouxeram o corpo à superfície. As buscas subaquáticas foram retomadas hoje, após terem sido paralisadas devido à necessidade de abertura das comportas da usina hidrelétrica operada pelo Consórcio Estreito Energia (Ceste).
No total, oito veículos estavam na ponte na hora da queda. A estrutura foi construída na década de 1960 e tem 533 metros de extensão, fazendo parte do corredor rodoviário Belém-Brasília.
As más condições da ponte eram notórias. Um vereador gravava a situação na hora que a ponte ruiu. O DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) assumiu responsabilidade no acidente.
Ponte cedeu no dia 22 de dezembro
A ponte que ligava as cidades Aguiarnopólis (TO) e Estreito (MA) cedeu na manhã do dia 22 de dezembro. Três caminhões que transportavam 22 mil litros de defensivos agrícolas e 76 toneladas de ácido sulfúrico caíram no Rio Tocantins, mas uma análise feita na água indicou que não houve o vazamento.
As buscas não têm data para terminar. A operação é complexa devido à profundidade do rio, que chega a 48 metros no local do acidente. Segundo a Marinha, há 87 agentes participando dos resgates no local do acidente e outros 20 que participam remotamente, em Belém (PA).
Balsa não começa travessia por falta de atestado de segurança
A travessia entre Tocantins e Maranhão por balsas, anunciada na semana passada, ainda não começou a operar. O motivo é a falta de documentos que comprovem o cumprimento de exigências de segurança, informou a Marinha do Brasil.
A promessa era de que o serviço de balsa começasse a ser oferecido na última terça-feira (31). Em nota, a Marinha informou que o Governo do Tocantins ainda não enviou a documentação necessária que garanta a segurança da estrutura.
O órgão disse ainda entender o caráter emergencial e prioritário da aprovação. ''Entretanto, a Autoridade Marítima não pode abdicar do estrito cumprimento das normas relativas à segurança da navegação, priorizando a salvaguarda da vida humana, com a finalidade de evitar novas ocorrências trágicas na região'', acrescentou.
Algumas das exigências são:
- A construção de rampas de acesso em cada margem do rio Tocantins para embarque e desembarque com segurança dos veículos que serão transportados.
- A construção de pontos fixos de amarração, em terra, para que o comboio balsa/empurrador permaneça estabilizado e bem amarrado à margem.
- A preparação de um local adequado e próprio para o transporte dos motoristas e passageiros dos veículos transportados, uma vez que não poderão realizar a travessia dentro dos seus automóveis, por questões de segurança.
- A equipação da balsa com material de resgate compatível, em conformidade com o previsto na NORMAM-202.
O UOL entrou em contato com o Governo do Tocantins para comentar o caso. Até o momento, não houve retorno, mas o espaço segue aberto para manifestação.