Jovem baleado por traficante em baile funk no RJ tem morte cerebral
Um jogador de futebol amador, de 18 anos, teve morte cerebral após ser baleado na cabeça durante um baile funk, em Queimados, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, na madrugada do dia 1º de janeiro. Segundo a família da vítima, o crime teria sido cometido após o jovem pisar no pé de um traficante.
O que aconteceu
Kauan Galdino Florêncio Pereira foi socorrido, mas teve morte cerebral confirmada na noite de quinta-feira (2). A família do jovem compareceu ao hospital e foi informada na manhã desta sexta-feira (3).
Jovem foi encaminhado inicialmente para a UPA de Queimados, na Baixada Fluminense. Segundo a Polícia Militar, informações preliminares coletadas junto aos familiares da vítima apontam que ele teria sido baleado na comunidade São Simão.
"Um pisão no pé é o motivo para atirarem em um garoto sonhador?", questionou o pai da vítima. Em entrevista à TV Globo, o motorista de aplicativo Renato Pereira afirmou que o filho passou a virada de ano com a família e decidiu ir ao baile funk de madrugada, por volta das 3h.
"Como ele é jovem, emocionado, ele disse que iria para a casa do parente dele. Eu ainda pedi: 'Meu filhinho, não vai. Não vai, por favor'. Mas ele é jovem. Ele foi. Depois, bateram lá no portão de casa dizendo que o meu filho tinha sido baleado", afirmou Renato à Globo.
O pai detalhou que correu para a UPA após ser informado do caso. A família ainda não sabe detalhes do que aconteceu, segundo Renato. "O que sabemos é que o bandido deu um tiro à queima-roupa no meu filho. Atirou num menino estudioso. Fizeram uma covardia com um menino que é bobão, quieto, que só tinha tamanho", lamentou.
Kauan, segundo o pai, estava feliz porque havia recebido uma mensagem do Exército. O comunicado dizia que ele serviria na Brigada de Infantaria Paraquedista, um dos seus sonhos. "Quando entrou 2025, ele recebeu uma mensagem no telefone dizendo que ele iria para um batalhão para ser paraquedista. Meu filho começou a dançar e pular de alegria. Ele tinha dois sonhos: ser jogador e paraquedista", disse.
O caso foi registrado na 55ª DP (Queimados). Segundo a Polícia Civil, os agentes realizam diligências para apurar a autoria do crime.
A polícia investiga se o traficante que teria atirado em Kauan foi morto por uma facção criminosa. Ainda segundo a TV Globo, a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense investiga se o suposto autor do crime foi assassinado após uma ordem do Comando Vermelho.