O aumento da temperatura global já não é nenhuma surpresa e preocupa todo o mundo, declarou o colunista Carlos Nobre na edição do UOL News desta sexta-feira (3).
O ano de 2024 foi o mais quente já registrado no Brasil, segundo dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). A média de 25,02°C verificada para o ano passado é a maior desde 1961, ponto de partida da série histórica do órgão oficial de meteorologia brasileiro.
Não é surpresa que 2023 e 2024 foram os anos mais quentes na história do Brasil, porque foram os anos mais quentes no planeta Terra. Foram os anos mais quentes, a temperatura em 2023 tinha chegado a 1,48 graus mais quente no planeta como um todo em relação a lá atrás, em 1850, e agora até novembro de 2024, 1,59 graus mais quente.
Nós temos que ir 125 mil anos atrás para ter essa temperatura de 1,5 graus mais quente, que foi o último período interglacial, no final o último período interglacial. Então não é surpresa, o planeta atingiu os dois anos mais quentes da história e é muito raro um lugar que não tivesse também atingido esse recorde de temperatura.
Isso está acontecendo no mundo inteiro, praticamente em todos os continentes, em todos os países, e isso aconteceu no Brasil. Então, é um aumento muito preocupante, só em relação a 1991-2020, esse aumento muito grande. Então, isso mostra também, no mundo inteiro, batemos o recorde de aquecimento global e no Brasil também batemos o recorde.
Nós estamos num risco enorme. Esses dois anos agora, 2025 e 2026, talvez os anos mais desafiadores da humanidade. Por quê? Porque se a temperatura continuar 1,5 graus mais quente, até novembro já estava 1,59 graus mais quente. Se ela continuar acima de 1,5 graus, 2025 e 2026, quase certamente a ciência vai concluir que já atingimos 1,5 graus, e não volta mais.
Carlos Nobre, colunista
EUA pedem alertas sobre câncer em rótulos de bebidas alcoólicas
A principal autoridade de saúde dos Estados Unidos pediu que os avisos nas bebidas alcoólicas destaquem que elas provocam câncer e pediu a reavaliação dos limites de consumo diário devido aos riscos associados.
O consumo de bebidas alcoólicas aumenta o risco de desenvolver câncer de mama, cólon, fígado e outros tipos, como analisou o oncologista Luis Henrique Araújo em entrevista ao UOL News.
Confira abaixo:
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