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Suspeito de ataque em Nova Orleans serviu no Exército e chegou a ser enviado ao Afeganistão

02/01/2025 05h21

O suspeito do ataque em Nova Orleans foi identificado pelo FBI como Shamsud Din Jabbar, de 42 anos. Ele atuava como especialista em computação no Exército, trabalhava supostamente como corretor de imóveis no Texas, era divorciado e enfrentava problemas financeiros.

Segundo o presidente americano, Joe Biden, o provável autor do atentado publicou vídeos declarando ter se "inspirado" no Estado Islâmico.

O suspeito atropelou, nesta quarta-feira (1º), uma multidão em Nova Orleans, matando pelo menos 15 pessoas e ferindo dezenas, de acordo com as autoridades. Ele foi morto em seguida em um tiroteio com a polícia. A escolha de Bourbon Street, o bairro francês da cidade, não teria sido por acaso, já que o local é um símbolo "da liberdade".

"O FBI também me informou que, poucas horas antes do atentado, ele publicou vídeos nas redes sociais e disse que foi inspirado pelo ISIS", disse Biden, se referindo ao grupo armado Estado Islâmico. Jabbar provavelmente não teria agido sozinho e o FBI encontrou na cidade duas bombas caseiras, que já foram desativadas.

De acordo com o Pentágono, o suspeito do ataque serviu no Exército como especialista em recursos humanos e informática entre 2007 e 2015 e foi reservista até 2020.

Jabbar também teria sido enviado ao Afeganistão de fevereiro de 2009 a janeiro de 2010, segundo um porta-voz do Exército. Ele teria sido promovido ao cargo de primeiro-sargento.

De acordo com informações da ficha policial do suspeito, divulgadas pelo jornal New York Times, Jabbar foi acusado de furto em 2002 por dirigir com uma carteira de habilitação inválida em 2005. Ele foi casado duas vezes, segundo o jornal, e seu segundo casamento terminou em divórcio em 2022, após descrever seus problemas financeiros em um e-mail ao advogado de sua esposa.

"Não posso pagar a hipoteca", escreveu na mensagem. Segundo ele, sua agência imobiliária havia pedido mais de US$ 28 mil no ano anterior e que ele havia acumulado milhares de dólares em dívidas de cartão de crédito, custas processuais e gastos com advogados.

Um homem chamado Abdur Jabbar, de Beaumont, no Texas, disse ao The New York Times que era irmão do suspeito e o descreveu como "um bom sujeito, um amigo, muito inteligente e cuidadoso". 

O suspeito, disse, se converteu ao Islã ainda jovem, mas que o que ele fez "não representa o Islã. Isso está mais relacionado a algum tipo de radicalização, não à religião".

A Universidade Estadual da Geórgia confirmou que um ex-aluno chamado Shamsud Din Jabbar frequentou a instituição de 2015 a 2017 e obteve uma licenciatura em informática.

(Com informações da AFP)

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