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Líder da oposição venezuelana viajará para Argentina antes da posse planejada de Maduro

02/01/2025 20h57

(Reuters) - O líder da oposição venezuelana, Edmundo González, que afirma ter vencido as eleições presidenciais de julho, mas que tem vivido na Espanha após a emissão de um mandado de prisão, disse nesta quinta-feira que viajará para a Argentina no fim de semana.

A "turnê internacional" de González acontece dias antes da posse planejada para 10 de janeiro do presidente Nicolás Maduro para seu terceiro mandato.

González tem dito repetidamente que planeja retornar à Venezuela para ser empossado como presidente, apesar do mandado pendente por suposta conspiração e uma recompensa de 100.000 dólares por informações que levem à sua prisão, anunciados na quinta-feira pela unidade de investigações da polícia venezuelana.

González se reunirá com o presidente argentino, Javier Milei, que está envolvido em uma escalada de disputas diplomáticas com o governo de Maduro, na residência presidencial em Buenos Aires, disse o principal grupo de oposição da Venezuela no X.

O líder oposicionista venezuelano compartilhou a postagem, acrescentando "nossa turnê pela América Latina começa. Primeira parada: Argentina" Não ficou claro para onde mais González planejava viajar.

As autoridades eleitorais e o tribunal superior do país afirmam que Maduro venceu a disputa de julho, mas não publicaram as atas eleitorais.

A oposição venezuelana, vários países ocidentais e algumas organizações internacionais condenaram a eleição como não transparente e pediram a publicação completa das atas, com alguns rotulando abertamente o processo como fraudulento.

A oposição publicou resultados em um site público, dizendo que eles mostram que González, que deixou a Venezuela e foi para a Espanha em outubro, venceu com folga a disputa.

O governo da Argentina disse nesta quinta-feira que havia apresentado uma queixa ao Tribunal Penal Internacional contra a Venezuela pela detenção de um membro de suas forças de segurança, chamando-a de "desaparecimento forçado".

Os promotores venezuelanos disseram que o homem está sendo investigado por supostas ligações com o terrorismo.

(Reportagem de Julia Symmes Cobb)

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