China sanciona empresas americanas por venda de armas a Taiwan
A China anunciou, nesta quinta-feira (2), sanções contra 10 empresas americanas e seus dirigentes, incluindo várias subsidiárias da gigante Lockheed Martin, por seu envolvimento na venda de armas para Taiwan.
O Ministério do Comércio chinês incluiu várias empresas americanas em uma "lista de entidades não confiáveis" devido à "sua participação na venda de armas" a Taiwan, informou em comunicado.
As empresas afetadas incluem várias entidades da Lockheed Martin, fabricante de equipamentos aeroespaciais e de defesa, o ramo de mísseis da Raytheon e três empresas da gigante de armas General Dynamics.
Estas companhias não poderão importar ou exportar produtos "relacionados à China" ou investir neste país. Seus "altos funcionários" também não terão mais permissão para entrar em território chinês.
A China já havia anunciado na sexta-feira a imposição de sanções a sete empresas americanas depois que Washington aprovou um novo pacote de ajuda militar para Taiwan.
Pequim considera a ilha, que tem seu próprio governo democrático, como parte de seu território e não descarta o uso da força para recuperá-la.
Sob o comando do presidente Joe Biden, os Estados Unidos realizaram várias vendas de armas para Taiwan, ato considerado por Pequim como um ataque à sua soberania.
O Ministério do Comércio chinês também anunciou que 28 organizações americanas, incluindo empresas de defesa, foram adicionadas à sua lista de controle de exportações. A decisão proíbe a exportação de bens de uso duplo (civil e militar) para estas entidades.
Embora os Estados Unidos reconheçam o governo de Pequim e formalmente não mantenham relações diplomáticas com Taiwan, o país tem sido o principal aliado e fornecedor de armas da ilha há décadas.
Nos últimos anos, a China aumentou a pressão militar e política sobre Taiwan e, frequentemente, envia aviões e navios militares ou realiza grandes exercícios nas proximidades.
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