Réveillon com mais de um milhão em Sydney, 'capital mundial do Ano Novo', e virada ofuscada na Seul
Enquanto boa parte do mundo vive as últimas horas de 2024, em Sydney, na Austrália, mais de um milhão de pessoas assistiram ao espetáculo de fogos de artifício que tradicionalmente marca o Réveillon. Mesmo se Auckland, na Nova Zelândia, é uma das primeiras grandes cidades a celebrar a virada em razão de sua posição geográfica, Sydney reivindica o título de "capital mundial do Ano Novo". Já na Coreia do Sul, as celebrações foram ofuscadas pela crise política e a recente catástrofe aérea.
A cidade australiana recebeu 2025 com nove toneladas de fogos de artifício diante da Ópera House e da Ponte da Baía de Sydney, à meia-noite. Mais de 260 pontos de disparo foram instalados pela cidade, contra 184 no ano anterior.
A virada em Sydney foi marcada por shows de som e luz, além de apresentações da cultura aborígene. Drones foram usados para criar formas no céu, e cerca de cem artistas participaram do evento, incluindo o astro pop britânico Robbie Williams, que cantou em frente à ópera da cidade. A celebração foi um sucesso, apesar da ameaça de uma greve dos trabalhadores ferroviários locais que deixou os organizadores no suspense até a última hora.
Em Auckland, na Nova Zelândia, a celebração começou duas horas mais cedo. Milhares de neozelandeses e turistas assistiram a tradicional queima de fogos de artifício na Sky Tower. A celebração também contou com um show de luzes em homenagem aos povos autóctones, após um ano marcado por manifestações pelos direitos dos maoris no país.
Poucas razões para celebrar na Coreia do Sul
Na Coreia do Sul, as comemorações foram reduzidas ou canceladas, já que o país vive um período de luto nacional após o acidente aéreo de domingo (29), que matou 179 pessoas. Seul acaba de lançar uma "inspeção completa" de todos os aviões Boeing 737-800 utilizados por companhias aéreas do país, após o acidente de uma dessas aeronaves em Muan (sudeste).
Além disso, os sul-coreanos enfrentam uma grave crise política após a tentativa de golpe do presidente Yoon Suk-yeol, em 3 de dezembro. Embora a Assembleia Nacional tenha aprovado o impeachment de Yoon em 14 de dezembro, a decisão ainda deve ser ratificada pelo Tribunal Constitucional. O líder conservador também enfrenta acusações criminais por insurreição. Na Coreia do Sul, o crime é passível de prisão perpétua ou pena de morte.
(Com agências)