Wall Street termina em forte queda no penúltimo pregão de um 2024 forte
Por Stephen Culp
NOVA YORK (Reuters) - Wall Street fechou no território negativo nesta segunda-feira, em uma sessão com volume menor, no penúltimo pregão de um ano agitado em que os três índices registraram fortes ganhos de dois dígitos.
O posicionamento fiscal de fim de ano, as avaliações, a alta dos rendimentos dos Treasuries e as incertezas em relação a 2025 contribuíram para a demanda menor por risco. Os três principais índices acionários dos Estados Unidos se recuperaram de mínimas de mais cedo, mas ainda assim caíram mais de 0,5%.
Apesar da fraqueza recente, 2024 tem sido um ano marcante para as ações dos EUA. O Nasdaq está no caminho para um ganho anual de cerca de 30% e o S&P 500 está caminhando para uma alta de mais de 24% em 2024. O Dow Jones continua pouco mais de 13% acima do fechamento de 2023.
Enquanto isso, os setores de tecnologia, serviços de comunicação e de bens de consumo discricionário estão em vias de registrar ganhos de quase 30% ou mais, enquanto o de materiais parece estar encaminhado para receber a duvidosa distinção de ser o único setor que perdeu terreno no ano.
"O próximo ano será muito mais volátil para investidores, especialmente no primeiro trimestre", disse Oliver Pursche, vice-presidente sênior da Wealthspire Advisors. "Entretanto, acho que há uma boa chance de as ações se saírem razoavelmente bem e terem retorno de um dígito intermediário no próximo ano."
"A combinação de prováveis impostos mais baixos e um ambiente regulatório mais amigável provavelmente fará com que as ações subam muito além das avaliações justas", disse Pursche, citando as expectativas dos investidores de que Trump cumprirá suas promessas de campanha.
O Dow Jones caiu 0,97%, para 42.573,73 pontos. O S&P 500 perdeu 1,07%, para 5.906,94 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq perdeu 1,19%, para 19.486,79 pontos.
Todos os 11 principais setores do S&P 500 perderam terreno no dia, com o de consumo discricionário sofrendo o maior declínio percentual, em queda de 1,6%