Onda de cancelamentos na Jeju Air após acidente aéreo
Após a morte de 179 pessoas na queda do voo 2216 da Jeju Air, na Coreia do Sul, a companhia aérea de baixo custo relatou uma onda de cancelamentos nesta segunda-feira (30).
No acidente ocorrido no domingo no aeroporto de Muan, no sudeste da Coreia do Sul, um Boeing 737-800 com 181 pessoas a bordo fez uma aterrissagem de emergência, sem o trem de pouso acionado, colidiu com um muro e pegou fogo.
Todas as pessoas a bordo morreram, exceto dois comissários de bordo.
"Da meia-noite de ontem (domingo) até às 13h00 de hoje (01h00 no horário de Brasília), o número de passagens canceladas chegou a aproximadamente 68.000", disse à AFP um responsável da companhia de baixo custo.
No entanto, o número de novas reservas permanece estável, acrescentou a companhia aérea.
"Devido à situação atual, a taxa de cancelamento está ligeiramente superior ao habitual. No entanto, o fluxo de novas reservas permanece estável", disse Song Kyung-hoon, chefe do gabinete de apoio à gestão, em conferência de imprensa.
As principais agências de viagens sul-coreanas também relataram cancelamentos em massa após o acidente.
"Recebemos pelo menos 400 cancelamentos na primeira hora de abertura", disse à AFP uma das principais agências de viagens do país.
"Muitos clientes também perguntam se o seu avião é o Boeing 737-800 e, em caso afirmativo, querem cancelar", acrescentou um funcionário sob condição de anonimato.
Outro Boeing 737-800 da Jeju Air teve problemas com o trem de pouso e teve que retornar ao aeroporto de Gimpo, em Seul, logo após a decolagem nesta segunda-feira, disse a companhia aérea.
Segundo a imprensa, 21 passageiros decidiram não embarcar em um voo alternativo após o pouso do avião.
As ações da Jeju Air caíram até 15% nesta segunda-feira.
As ações da AK Holdings Inc, maior acionista da Jeju Air, também caíram mais de 12% e as de diversas agências de turismo sul-coreanas caíram mais de 5%.
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