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Intenção de consumo em São Paulo cai 5,9% em dezembro, diz FecomercioSP

São Paulo

30/12/2024 13h48

Os consumidores do município de São Paulo terminam 2024 menos dispostos a consumir do que estavam um ano atrás, segundo mostra uma pesquisa da FecomercioSP, que representa empresas dos setores de comércio, serviços e turismo. O índice da entidade que mede o quanto os consumidores estão propensos a consumir teve queda de 5,9% na comparação deste mês com a leitura de dezembro do ano passado.

Outro índice, que mede a confiança das famílias em ir às compras, levando em conta suas condições econômicas atuais e suas expectativas quanto à situação futura, termina o ano com retração de 4,3% na comparação o patamar do mesmo período de 2023.

Acima dos 100 pontos, ambos os indicadores seguem na faixa que indica otimismo, sendo que o índice de intenção de consumo - que inclui, entre suas variáveis, o acesso ao crédito - ficou em 108,5 pontos, ao passo que o de confiança marcou 125,6 pontos.

A FecomercioSP observa, no entanto, que a retração tanto da intenção de consumo quanto da confiança dos consumidores reflete a insegurança das famílias em meio a um cenário macroeconômico desafiador. Conforme a entidade, a elevação dos juros dificulta o acesso ao crédito e desestimula o consumo, especialmente de bens de maior valor agregado.

Na margem - isto é, de novembro para dezembro -, os índices mostraram alta, mas esta variação é explicada por fatores sazonais, como o pagamento do décimo terceiro salário e as promoções de fim de ano. "Apesar desse alívio temporário, a tendência anual reforça uma adaptação das famílias a um ambiente de maior incerteza, com priorização de gastos essenciais e adiamento de aquisições de longo prazo", comenta a FecomercioSP.

Em relação a 2025, a entidade entende que o desempenho da economia dependerá de três pilares: a inflação, a política monetária e a condução das contas públicas. As projeções da FecomercioSP apontam para uma inflação de 4,8% no ano que vem. A flexibilização da política monetária será, conforme a entidade, essencial para aliviar as restrições de crédito, estimular o consumo e incentivar os investimentos, sobretudo em setores intensivos em mão de obra, como a construção civil.

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