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Chefe do UBS adverte contra excesso de regulação bancária pela Suíça

30/12/2024 10h58

ZURIQUE (Reuters) - A Suíça não deve estabelecer regras para seu setor bancário que a coloquem em desvantagem, disse o presidente-executivo do UBS, Sergio Ermotti, nesta segunda-feira, enquanto o país se prepara para reformular a regulação do setor após a aquisição do Credit Suisse pelo banco.

Nas próximas semanas, as autoridades suíças deverão apresentar regras bancárias mais rígidas com o objetivo de evitar que se repita o colapso do Credit Suisse, em 2023, que deixou o UBS como o único banco global do país.

O UBS está cauteloso com o que pode ser apresentado e Ermotti disse que uma regulação mais rígida poderia enfraquecer o setor financeiro suíço frente à concorrência em Londres, Hong Kong e Cingapura.

"A Suíça não pode se dar ao luxo de... introduzir regras que não se aplicam a outros países", disse Ermotti à Migros-Magazin, a publicação semanal de um dos principais varejistas da Suíça.

Fazendo eco às conclusões de uma investigação parlamentar suíça divulgada em dezembro, Ermotti disse que o Credit Suisse causou seu próprio fim e que as autoridades suíças permitiram que o banco contornasse regras que já existiam.

Os grandes bancos aprenderam suas lições com as crises passadas e hoje são um fator de estabilização, não o problema, argumentou ele.

"Mesmo que o UBS tivesse um problema, seria altamente improvável que o contribuinte perdesse um franco", disse Ermotti, argumentando que seu banco tem muitas reservas para cobrir quaisquer perdas potenciais.

Ermotti disse que a integração do Credit Suisse ao UBS está ocorrendo sem problemas, descrevendo o risco de atrasos em uma migração complexa de tecnologia da informação como o maior desafio.

(Por Ariane Luthi)

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