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Acordo garante favoritismo de Ricardo Teixeira para comando da Câmara de SP

O vereador Ricardo Teixeira (DEM) durante cerimônia de posse como secretário do Verde e Meio Ambiente, em 2012 - Silva Junior - 14.dez.2012/Folhapress
O vereador Ricardo Teixeira (DEM) durante cerimônia de posse como secretário do Verde e Meio Ambiente, em 2012 Imagem: Silva Junior - 14.dez.2012/Folhapress
do UOL

Do UOL, em São Paulo

28/12/2024 05h30

Com o apoio do MDB, partido do prefeito Ricardo Nunes, a candidatura do vereador Ricardo Teixeira (União Brasil) para presidir a Câmara dos Vereadores de São Paulo ganhou favoritismo na disputa.

O que aconteceu

Bloco de apoio já tem maioria dos votos. Como todos os partidos da base do prefeito e o PT decidiram apoiar Ricardo Teixeira, o vereador já se lança candidato com cerca de 45 votos potenciais, entre os 55 vereadores.

A eleição para a Mesa Diretora da Câmara de São Paulo está marcada para 1º de janeiro. Na próxima legislatura, MDB e União Brasil terão sete vereadores cada um.

Acordo feito na época da eleição, em outubro, é retomado. O União ficará com a presidência da Câmara; o MDB, com a primeira vice-presidência; o PL, com a segunda; e o PT, que tem a maior bancada (oito vereadores) e entrou no acordo para não ficar isolado, ficará com a Primeira Secretaria da Mesa.

Só o PSOL terá candidato de oposição a Teixeira. O partido anunciou na sexta-feira (27) que o vereador Celso Giannazi vai disputar a Presidência. O objetivo é marcar posição, já que o partido tem apenas seis vereadores, e deve contar apenas com apoio do PSB, que tem dois vereadores.

Acordos e costumes

Acordo feito para a reeleição de Ricardo Nunes. O MDB e o então presidente da Câmara, Milton Leite (União Brasil), negociaram que, em troca do apoio de Leite à candidatura de Nunes, o MDB apoiaria o candidato do União à Presidência da Casa.

O costume da Câmara é que o presidente seja sempre um vereador experiente. Só que, dos sete vereadores eleitos pelo União, só dois foram reeleitos: Rubinho Nunes, oriundo do MBL, e Ricardo Teixeira, que está indo para o sétimo mandato como vereador.

Traições e reviravoltas. Depois das eleições, Milton Leite desistiu de apoiar Teixeira e manifestou apoio a Rubinho Nunes. O nome de Rubinho, no entanto, foi barrado pelo MDB de Ricardo Nunes, já que o vereador traiu a posição do seu partido e declarou apoio à candidatura de Pablo Marçal (PRTB) para prefeito. O MDB ameaçou lançar um candidato próprio, que seria o vereador João Jorge.

Mais rachas. O PL e o PSD também falaram em lançar candidaturas próprias, dos vereadores Isac Félix e Rodrigo Goulart, respectivamente.

Leite recuou do apoio a Rubinho e tentou emplacar a candidatura do novato na Câmara, seu apadrinhado, vereador Silvão (União), que se candidatou usando o sobrenome Leite sem ser parente. O nome de Silvão, porém, não foi bem aceito pelos vereadores, já que falta a Silvão a experiência de passar pela Casa.

Decisão acabou com unanimidade. Depois de idas e vindas, na última quinta-feira (26), o União decidiu, por unanimidade, que o candidato do partido à Presidência da Câmara seria Ricardo Teixeira. Em seguida, o MDB aderiu ao nome.

PL e PSD também entraram no acordo. "Agora com a posição do MDB, acabou, vai ser cumprido o acordo feito com o Milton Leite", disse ao UOL Isac Félix, vereador eleito pelo PL. "O PSD não terá nenhuma dificuldade em seguir o combinado", completou o vereador Rodrigo Goulart, do PSD.

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