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Presidente alemão dissolve Parlamento para eleições antecipadas de 23 de fevereiro

27/12/2024 07h54

BERLIM (Reuters) - O presidente Frank-Walter Steinmeier dissolveu na sexta-feira a câmara baixa do Parlamento da Alemanha para abrir caminho para eleições antecipadas em 23 de fevereiro, após o colapso da coalizão tripartite do chanceler Olaf Scholz.

"Especialmente em tempos difíceis, como agora, a estabilidade exige um governo capaz de agir e maiorias confiáveis no Parlamento", razão pela qual as eleições antecipadas são o caminho certo para a Alemanha, disse Steinmeier em Berlim.

Após as eleições, a solução de problemas deve voltar a ser a atividade principal da política, acrescentou Steinmeier em um discurso.

O presidente, cujo cargo tem sido amplamente cerimonial na era pós-guerra, também pediu que a campanha eleitoral seja conduzida de forma justa e transparente.

"A influência externa é um perigo para a democracia, seja ela encoberta, como foi evidentemente o caso recentemente nas eleições romenas, ou aberta e flagrante, como está sendo praticada atualmente de forma particularmente intensa na plataforma X", afirmou ele.

Scholz, um social-democrata que chefiará um governo interino até que um novo governo possa ser formado, perdeu votação de confiança no Parlamento neste mês, depois que a saída dos Democratas Livres do ministro das Finanças, Christian Lindner, deixou sua coalizão de governo sem uma maioria legislativa.

A votação também deu início à campanha eleitoral, com o desafiante conservador Friedrich Merz, que as pesquisas sugerem que provavelmente substituirá Scholz, afirmando que o governo atual impôs regulamentações excessivas e sufocou o crescimento.

Os conservadores mantêm uma vantagem confortável de mais de 10 pontos sobre os social-democratas (SPD) na maioria das pesquisas. A Alternativa para a Alemanha (AfD), de extrema-direita, está ligeiramente à frente do SPD, enquanto os Verdes, um parceiro de coalizão, estão em quarto lugar.

Os principais partidos se recusam a governar com o AfD, mas sua presença complica a aritmética parlamentar, tornando mais provável a formação de coalizões instáveis.

(Por Friederike Heine e Miranda Murray)

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