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Petróleo fecha em alta, impulsionado por queda de estoques nos EUA e estímulos chineses

São Paulo, 27

27/12/2024 17h08

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta sexta-feira, 27, em dia que teve como destaque a divulgação dos estoques semanais de petróleo dos Estados Unidos. A queda acima do esperado deu impulso às cotações, que subiram ainda observando as perspectivas por mais estímulos na economia da China. O cenário garantiu que a commodity encerrasse a semana com ganhos, depois de ser pressionada pela última decisão do Federal Reserve (Fed) no ano, que sinalizou uma política mais restritiva ao longo de 2025 e deu forças ao dólar.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para fevereiro fechou em alta de 1,41% (US$ 0,98), a US$ 70,60 o barril, enquanto o Brent para o mesmo mês, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 1,24% (US$ 0,91), a US$ 74,17 o barril. Na semana, houve alta de 1,22% e 1,37%, respectivamente.

Os estoques de petróleo nos Estados Unidos tiveram queda de 4,237 milhões de barris, a 416,779 milhões de barris na semana encerrada em 20 de dezembro, informou hoje o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) do país. Analistas consultados pelo The Wall Street Journal previam queda mais branda, de 1,1 milhão de barris. Os níveis estocados de destilados também cederam, enquanto os da gasolina subiram, contrariando expectativas.

Os ganhos do petróleo refletem o otimismo do mercado em torno de uma recuperação na demanda de petróleo bruto da China, com medidas de apoio governamental que deverão cristalizar-se ao longo de 2025, escreve Samer Hasn da XS.com. A medida mais recente foi a aprovação de uma oferta de títulos do tesouro no valor de 3 trilhões de yuans no próximo ano, na sequência de pacotes de apoio monetário e discussões de reestruturação do sistema social, afirma Hasn.

Por outro lado, o potencial reacender das guerras comerciais entre os EUA e a China poderá arrastar a procura e os preços do petróleo para baixo. O prêmio de risco geopolítico resultante das tensões latentes no Oriente Médio que atualmente beneficiam os preços irá provavelmente dissipar-se com o tempo, diz. O foco do mercado deverá permanecer na recuperação econômica chinesa e na recuperação da procura global de petróleo, diz ele.

*Com informações Dow Jones Newswires.

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