Painel de inteligência do Senado dos EUA critica resposta da CIA a síndrome de Havana
Por Jonathan Landay
(Reuters) - Um relatório do Comitê de Inteligência bipartidário do Senado dos Estados Unidos divulgado nesta sexta-feira criticou a resposta da CIA à chamada síndrome de Havana entre a seus funcionários, dizendo que muitas pessoas "enfrentaram obstáculos para receber tratamento a tempo e em dose suficiente".
O relatório traz novas informações sobre as causas de dores de cabeça, náuseas, lapsos de memória, tontura e outras doenças que foram relatadas pela primeira vez nos funcionários da embaixada dos EUA em Havana, capital de Cuba, em 2016. A CIA não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre o caso. Uma investigação global conduzida pela inteligência norte-americana concluída em março de 2023 descobriu que era muito improvável que um adversário externo fosse responsável pelas doenças que afetaram cerca de 1.500 diplomatas, espiões, outros funcionários e suas famílias. O resumo do relatório informou que a natureza incomum dos incidentes de saúde dificultaram a reação da CIA, com a agência primeiramente avaliando que um "ataque" estava causando lesões cerebrais. Essa avaliação, contudo, mudou com as análises de inteligência e foi uma das razões que afetaram a forma como a agência fornecia ajuda médica e outros benefícios aos que manifestavam tais sintomas. A agência concedeu assistência médica em quase "100 incidentes relativos à CIA, mas muitos indivíduos enfrentaram obstáculos para atendimento oportuno e suficiente", afirmou o relatório. (Reportagem de Jonathan Landay em Washington)