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Otan aumentará presença no Mar Báltico após danos em cabos de energia e internet

27/12/2024 11h18

Por Essi Lehto e Anna Ringstrom

HELSINQUE (Reuters) - A Otan disse nesta sexta-feira que aumentará sua presença no Mar Báltico após a suspeita de sabotagem, nesta semana, de um cabo de energia submarino e quatro linhas de internet, e a Estônia, membro da aliança, lançou uma operação naval para proteger uma ligação elétrica paralela.

Na última quinta-feira, a Finlândia apreendeu um navio que transportava petróleo russo sob suspeita de que a embarcação havia causado uma interrupção no cabo de energia submarino Estlink 2, que liga o país à Estônia e às linhas de fibra óptica, e nesta sexta disse que havia pedido apoio à Otan.

As nações do Mar Báltico estão em alerta máximo para atos de sabotagem após uma série de interrupções de cabos de energia, links de telecomunicações e gasodutos desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em 2022, embora equipamentos submarinos também estejam sujeitos a mau funcionamento e acidentes.

"Concordamos com a Estônia e também comunicamos ao secretário-geral da Otan, Mark Rutte, que nosso desejo é ter uma presença mais forte da Otan", disse o presidente finlandês Alexander Stubb em uma entrevista coletiva.

Rutte disse que havia discutido com Stubb a investigação liderada pela Finlândia, expressando seu apoio.

"A Otan aumentará sua presença militar no Mar Báltico", escreveu Rutte na plataforma de rede social X.

A guarda costeira da Suécia afirmou em um comunicado que havia aumentado a vigilância do tráfego de navios para proteger instalações submarinas essenciais, destacando aeronaves e embarcações, enquanto coordenava com a Marinha sueca e com outras nações.

O Kremlin disse nesta sexta-feira que a apreensão do navio que transportava petróleo russo pela Finlândia é de pouca preocupação para Moscou. No passado, a Rússia negou envolvimento em qualquer um dos incidentes de infraestrutura do Báltico.

(Reportagem de Essi Lehto em Helsinque, Anna Ringstrom em Estocolmo, Andrius Sytas em Vilnius e Louise Rasmussen em Copenhague)

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