Amigos postam mensagens para jovem baleada pela PRF: 'Orem por Juliana'
Amigos e familiares de Juliana Rangel, atingida por um tiro na cabeça durante uma abordagem da PRF (Polícia Rodoviária Federal) em Duque de Caxias, Rio de Janeiro, na véspera do Natal, postam nas redes mensagens de otimismo, torcendo pela recuperação da jovem.
O que aconteceu
Izabella Oliveira, que já se relacionou com Juliana, republicou na quarta-feira (25) uma postagem pública, onde demonstra acreditar que ela sairá do hospital em breve. "Você vai ficar bem, meu amor. Deus vai te tirar dessa e já, já, você vai estar aqui comigo", escreveu.
O relacionamento entre as duas se tornou público em maio de 2021. Juliana anunciou em seu perfil no Facebook estar em um "relacionamento sério" com Izabella. "O amor da minha vidinha", escreveu Juliana no comentário de uma foto publicada por Izabella há dois anos - hoje ela aparece como solteira na rede social. "Norinha do meu coração", acrescentou a mãe de Juliana, Dayse Rangel.
Amigos e familiares têm publicado mensagens pedindo por orações e exigindo justiça. Irmã de Alexandre, o pai da jovem hospitalizada, Valéria Rangel republicou em seu perfil um post pedindo orações pela sobrinha. A mensagem foi originalmente postada por um amigo de Juliana, Cilinho Galvão. "Vamos nos unir em oração para nossa amiga Juliana, que Deus abençoe a vida dela", escreve o amigo.
Fábio de Castro, que foi professor de Juliana, diz sentir-se "devastado" em um comentário no Instagram. "[Juliana] É uma excelente pessoa. Dedicada, voluntariosa e sempre sorridente. Que Deus a livre desse momento terrível. Que ela se saia bem", escreveu. "Quanto à polícia, bem, para a surpresa de zero pessoas cometeram um crime. Começando por quem colocou gente do departamento administrativo nas ruas e armados para ação que não estão habituados. Orem por Juliana", pediu.
Jéssica Rangel, irmã de Juliana, afirmou ao UOL nesta quinta (26) que a família não recebeu até agora nenhum apoio de autoridades. Ela clamou por justiça e punição aos policiais envolvidos. "Eles iam matar toda a nossa família. Queremos que a Justiça seja feita", declarou no hospital, onde Juliana permanece internada em estado gravíssimo.
Jéssica soube que sua irmã foi baleada enquanto aguardava a chegada da família para celebrar o Natal. Emocionada, fez um pedido: "Amo muito a minha irmã. Pedimos a todos que orem para que ela se recupere".
Ordem de parada
No dia 25 de dezembro de 2024, Juliana foi baleada por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro. Ela estava no banco do carona de um veículo que, segundo a PRF, não teria obedecido a uma ordem de parada.
O carro era o da família de Juliana, que estava com ela no momento em que foi alvo de disparos. O pai da jovem, Alexandre, dirigia o carro e foi atingido na mão. Ele disse que sinalizou que iria parar o carro assim que a abordagem começou, e pontuou que os agentes se aproximaram atirando, versão confirmada pela mãe.
Os policiais dispararam contra o carro, atingindo Juliana no pescoço. Ela foi levada ao Hospital Estadual Alberto Torres, onde permanece internada em estado gravíssimo. Segundo a PRF, os agentes envolvidos na ação foram afastados.