13º e Amigo Secreto impulsionam vendas de Natal; estimativa é de R$ 200 bi
Considerado um dos melhores períodos do ano para os comerciantes, o Natal deve ser um dos principais responsáveis para que os shopping centers vendem até R$ 200 bilhões em 2024, número 6% maior que o registrado em 2023. O pagamento do 13º salário e a volta de muitos encontros com "amigos-secretos" são alguns dos motivos apontados ao UOL pela Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) para justificar o aumento.
O que aconteceu?
Expectativa de faturamento é de 6% maior que no ano passado, totalizando R$ 200 bilhões. O número é ainda mais otimista que o fechamento de 2023, que foi 4% maior que em 2022.
Taxação de plataformas online também impactou positivamente para os lojistas, segundo o presidente da Alshop, Nabil Sahyoun. Desde agosto, compras de até US$ 50 passaram a pagar 20% de Imposto de Importação e compras entre US$ 50,01 e US$ 3 mil são taxadas de 60%, com uma dedução fixa de US$ 20 no valor total do imposto.
Houve uma reação muito boa para o comércio físico após a taxação. Notamos uma diminuição nas compras em plataformas ao mesmo tempo em que as idas aos shoppings se tornaram mais frequentes
Nabil Sahyoun, presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop)
Mais de 440 milhões de pessoas passam pelos 640 shoppings associados à Alshop, segundo Sahyoun. O número também conta aqueles que fazem visitas diárias, ou que frequentam apenas praças de alimentação ou outros espaços específicos. "Com mais empresas se instalando próximas aos centros de compras, é natural que o colaborador acabe frequentando o shopping", afirma.
A retomada de muitos "amigos-secretos" em empresas e grupos sociais acabou por estimular a ida aos centros de compras. O pagamento do 13º, como já é de praxe, também ajudou a movimentar ainda mais os centros de compra, de acordo com o presidente da Associação.
Segundo a Alshop, os itens mais comprados neste período de Natal foram de vestuário, bijuterias, acessórios e calçados. Segundo Sahyoun, nada fora do que era imaginado. O tempo de permanência nos estabelecimentos aumentou 17%, segundo a Alshop. Por consequência, as compras por impulso também tiveram aumento, elevando o faturamento geral.