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'Pulamos as rachaduras', diz mulher que escapou de queda de ponte

Ela e a família ficaram com o carro preso na ponte  - Reprodução/TV Anhaguera/@@vshenrique
Ela e a família ficaram com o carro preso na ponte Imagem: Reprodução/TV Anhaguera/@@vshenrique
do UOL

Do UOL, em São Paulo*

26/12/2024 17h45Atualizada em 26/12/2024 18h27

Uma família teve de pular as rachaduras abertas no asfalto para escapar do local do desabamento da ponte Juscelino Kubitscheck de Oliveira, entre Maranhão e Tocantins, no último domingo (22). Eles cruzavam a estrutura na hora do desastre e ficaram com o carro preso em uma fenda aberta de um lado a outro da pista.

O que aconteceu

Laís Lucena disse que ela, o marido e a cunhada viram o momento em que um dos caminhões caiu no rio Tocantins. "A reação do meu esposo foi de dar ré, os outros carros também começaram a dar ré. Nosso carro enganchou na rachadura", disse, em entrevista à TV Anhanguera.

Então, a família saiu do carro e começou a correr em direção a Aguiarnópolis (TO). "A gente saiu correndo, pulando as rachaduras até chegar em um local que não tinha mais risco. Nosso carro ainda está lá", afirmou Laís.

Um vídeo feito com drone mostra o veículo preso em uma das rachaduras. A gravação mostra também outros quatro veículos abandonados na ponte.

Laís diz que ela e a família conseguiram escapar do incidente por um milagre. "Não temos explicação de como conseguimos sair dali. Só Deus nos orientou. Não deu tempo de pensar no que tinha que fazer. Só saímos correndo e pulando as rachaduras", disse à afiliada da Globo em Tocantins.

Mortos e desaparecidos

As autoridades já confirmaram oito mortos no desabamento do trecho da ponte. Outras nove pessoas ainda estão desaparecidas.

Dois corpos foram localizados na manhã desta quinta-feira (26) em uma caminhonete submersa a 35 metros de profundidade. Após a localização, os agentes traçam estratégias para realizar novos mergulhos para retirar os corpos do local, já que um deles está na cabine de um dos veículos, e outro embaixo da caminhonete.

Operação difícil, dizem bombeiros. "Essas vítimas são de difícil acesso, vai ser difícil a recuperação desses corpos, mas já estamos analisando as imagens para traçar a estratégia de retirada deles", disse o tenente-coronel Rafael Menezes, em um vídeo enviado à AFP pelos bombeiros.

*com informações da AFP

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