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Idoso morreu em MG após receber quatro doses de quimioterapia, diz polícia

Nilton Santos de Araújo, morto por superdosagem de quimioterapia - Reprodução/Bom Dia Minas
Nilton Santos de Araújo, morto por superdosagem de quimioterapia Imagem: Reprodução/Bom Dia Minas
do UOL

Do UOL, em São Paulo

26/12/2024 18h05Atualizada em 26/12/2024 18h05

A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu que Nilton Santos de Araújo morreu de superdosagem após receber quatro doses de quimioterapia em Belo Horizonte, em agosto deste ano.

O que aconteceu

Enfermeiro aplicou dose quatro vezes maior do que a recomendada. No dia 19 de agosto, um enfermeiro aplicou 8,78 mg do remédio em Nilton Araújo, enquanto a dose recomendada é de 2,29 mg, o que causou a morte do paciente. Segundo a PCMG, o profissional ignorou as identificações individuais das seringas, que estavam destinadas a outros pacientes.

Paciente teve de ser internado após a aplicação de medicamento. Nilton, de 69 anos, apresentou mal-estar e foi atendido duas vezes antes de ser internado e colocado sob respiração mecânica, diz o relatório policial. Entretanto, morreu apenas quatro dias depois da aplicação do remédio.

Enfermeiro informou erro, mas nada foi feito. Segundo a polícia, o profissional disse à enfermeira-chefe que aplicou o remédio incorretamente, mas não registrou o incidente no prontuário médico — impedindo que plantonistas agissem. Além disso, o enfermeiro contou o que aconteceu para a médica responsável pelo tratamento, que preferiu não tomar providências.

A médica responsável pelo tratamento e o enfermeiro foram indiciados. A polícia considerou que os dois agiram com dolo eventual. Ou seja, assumiram o risco de causar a morte ao optar por não agir, mesmo tendo plenas condições de tentar evitar a morte do paciente.

Idoso apresentava melhor rápida, diz filha. Carolina Araújo, filha da vítima, disse ao programa Bom Dia Minas que ele sofria de mieloma múltiplo, câncer que afeta a medula óssea e deixa os ossos mais frágeis. Ele havia começado o tratamento contra a doença com a seguradora MedSênior em março de 2024.

Família questionou aplicação de medicamento. Entretanto, o enfermeiro disse que estava "tudo certo".

O UOL entrou em contato com a MedSênior em busca de posicionamento, mas não teve retorno. Este espaço segue aberto para manifestação.

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