Forças de segurança sírias anunciam operação contra 'milícias' pró-Assad
As forças de segurança da Síria executaram nesta quinta-feira (26) uma operação no oeste do país contra "milícias" pró-Assad, informou a agência oficial de notícias Sana, após os confrontos violentos de quarta-feira contra combatentes leais ao regime deposto.
A operação aconteceu na província costeira de Tartus, reduto da minoria alauita, a qual pertence o presidente deposto Bashar al Assad, que foi derrubado em 8 de dezembro por uma coalizão rebelde.
A operação permitiu "neutralizar" membros das "milícias" fiéis ao presidente deposto Assad, informou a Sana.
O objetivo é "restaurar a segurança, a estabilidade e a paz civil" nesta região costeira, acrescentou a agência estatal de notícias.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) informou que três pessoas morreram na operação, que identificou o grupo como "homens armados leais ao antigo regime".
A situação é muito tensa atualmente nesta região da Síria, onde na quarta-feira foram registradas manifestações em várias cidades para denunciar o incêndio de um mausoléu da minoria alauita.
Também foram registrados confrontos na quarta-feira na localidade de Khirbet al Maaza, na mesma região, quando as forças de segurança tentaram prender um homem vinculado à penitenciária de Saidnaya, um símbolo das atrocidades cometidas pelo governo Assad.
O OSDH informou que 14 membros das forças de segurança do novo governo morreram ao lado de três homens armados nesta cidade na quarta-feira e que dezenas de detenções foram efetuadas nesta quinta-feira.
Desde 8 de dezembro, o novo governo, dominado pelos islamistas do grupo Hayat Tahrir al Sham (HTS), tenta se mostrar conciliador com as minorias do país, mas algumas pessoas temem represálias contra membros da comunidade alauita.
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