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Polícia Federal vai investigar caso de jovem baleada na cabeça em abordagem da PRF no Rio

25/12/2024 13h46

SÃO PAULO (Reuters) - A Polícia Federal anunciou nesta quarta-feira que abriu investigação sobre a abordagem da Polícia Rodoviária Federal no Rio de Janeiro que culminou com uma jovem sendo atingida por um tiro na cabeça na noite da véspera de Natal.

"Após ser acionada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), uma equipe da Polícia Federal esteve no local para realizar as medidas iniciais, que incluíram a perícia do local, a coleta de depoimentos dos policiais rodoviários federais e das vítimas, além da apreensão das armas para análise pela perícia técnica criminal", afirmou a PF em comunicado à imprensa.

Segundo informações da mídia, Juliana Leite Rangel, de 26 anos, foi atingida por um disparo na cabeça em uma operação da PRF na rodovia Washington Luis (BR-040). Ela estava em um carro para participar da festa de Natal com a família. A jovem está internada em estado grave em um hospital em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, segundo a mídia.

Procurada, a PRF afirmou que os agentes envolvidos na abordagem e nos disparos contra o carro da jovem foram afastados das funções. A identidade dos autores dos disparos não foi informada.

"Na manhã desta quarta-feira, a Corregedoria-Geral da Polícia Rodoviária Federal, em Brasília/DF, determinou abertura de procedimento interno para apuração dos fatos relacionados à ocorrência da noite de ontem, na BR-040, em Duque de Caxias/RJ", afirmou a PRF em comunicado à imprensa.

"A PRF lamenta profundamente o episódio. Por determinação da Direção-Geral, a Coordenação-Geral de Direitos Humanos acompanha a situação e presta assistência à família da jovem Juliana", acrescentou a PRF, citando que colabora com a investigação da PF.

O caso ocorreu algumas horas depois que o governo federal anunciou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou decreto que "disciplina" o uso da força pelas polícias. O texto cita que o uso de recurso de força “somente poderá ser empregado quando outros instrumentos de menor intensidade não forem suficientes para atingir os objetivos legais pretendidos”. O decreto, que ainda precisa ser regulamentado, também cita que o uso de arma de fogo pelos policiais deverá ocorrer sempre como “medida de último recurso”.

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