Suspeitos de assassinatos de médicos em quiosque no Rio são procurados
Suspeitos de envolvimento nas mortes de três médicos assassinados na Barra da Tijuca em 2023 são procurados pela Polícia Civil em operação nesta sexta-feira (20).
O que aconteceu
Cinco mandados de prisão e três de busca e apreensão são cumpridos na Cidade de Deus e em outros endereços da zona oeste da cidade. A operação é feita em parceria com o Ministério Público do Rio de Janeiro.
Um dos suspeitos procurados teria operado como "batedor" na noite do crime. Segundo a PCERJ, Giovanni Oliveira Vieira usou uma moto para fazer o trajeto na frente dos criminosos até o quiosque, se certificando de que não haveria policiais no trajeto até o local. Os outros quatro não tiveram a participação no crime detalhada.
Relembre o caso
Três médicos morreram em um ataque a tiros na avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, em 5 de outubro de 2023. Eles foram identificados como Marcos de Andrade Corsato, 62, Diego Ralf de Souza Bomfim, 35, e Perseu Ribeiro Almeida, 33.
Eles confraternizavam em um quiosque no momento do ataque. Os médicos estavam hospedados no Windsor Barra Hotel, onde participariam de um congresso internacional de ortopedia no dia seguinte.
Três homens vestidos de preto chegaram de carro ao quiosque por volta da 1h. Eles estacionaram o veículo do outro lado da rua, desceram do automóvel e efetuaram os disparos. Enquanto os frequentadores do quiosque corriam, os assassinos voltaram para o carro e fugiram, em uma ação que durou menos de um minuto.
O único sobrevivente do ataque foi o médico Daniel Sonnewend Proença. Ele foi transferido para um hospital particular em São Paulo no dia 9 de outubro e vai continuar o tratamento para reabilitação, disse a unidade de saúde em nota. Antes da transferência, Daniel estava internado no Hospital Samaritano, na zona oeste do Rio.
Em menos de 24 horas após o crime, a polícia encontrou os corpos dos quatro suspeitos de participação nos assassinatos dos profissionais da saúde. Um dos mortos era Philip Motta Pereira, conhecido como Lesk.
Um dos mortos, Diego Ralf Bomfim era irmão da deputada Sâmia Bomfim (PSOL) e cunhado do também deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ). Ele era ortopedista e traumatologista, foi socorrido para o Hospital Lourenço Jorge, mas morreu.
Um dos médicos foi confundido com o filho de um miliciano. A linha de investigação da PCERJ é de que Perseu Almeida, 33, foi confundido com Tailon Barbosa, acusado de integrar uma milícia na zona oeste do Rio.