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Câmara dos EUA rejeita plano de gastos de Trump

PATRICK T. FALLON/AFP
Imagem: PATRICK T. FALLON/AFP
do UOL

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20/12/2024 08h52

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A Câmara dos EUA rejeitou ontem o plano de gastos do governo apresentado por aliados de Trump e apoiado pelo presidente eleito. É a primeira grande derrota legislativa do republicano, que viu 38 deputados de seu partido votarem contra a medida.

O projeto previa a suspensão do limite de endividamento do governo pelos próximos dois anos. Republicanos se opuseram ao texto porque são contra o aumento de gastos públicos. Democratas votaram contra por achar que a proposta permitiria ao governo fazer mais concessões tributárias aos ricos.

O líder republicano, Mike Johnson, disse que apresentará um novo projeto hoje. O atual plano de gastos expira à meia-noite e, se não houver uma nova regra, o governo é obrigado a suspender os pagamentos de todas as atividades não essenciais, o que inclui salário de várias categorias de servidores públicos.

Trump ameaça a Europa

Donald Trump ameaçou hoje elevar tarifas sobre produtos europeus, caso os países da União Europeia não comprem mais petróleo e gás dos Estados Unidos. "Eles devem compensar seu enorme déficit com os Estados Unidos por meio da compra em larga escala do nosso petróleo e gás. Caso contrário, TARIFAS!!!", escreveu Trump, no perfil em sua rede social, Truth.

Os EUA já respondem por 48% das importações de gás liquefeito e por 15% do petróleo importado pela União Europeia. A declaração se soma a ameaças feitas por Trump de elevar tarifas de importação da China, México, Canadá e até do Brasil.

Se adotada, a política de aumento de impostos de importação tende a elevar a inflação americana e provocar aumento dos juros nos EUA. A possibilidade de que isso ocorra tem levado a uma valorização global do dólar em relação a várias moedas, incluindo o real.

EUA buscam aproximação com a Síria

Uma delegação diplomática dos Estados Unidos chegou hoje à Síria para uma reunião com as novas autoridades do país, controlado por integrantes do Hayat Tahrir al-Sham desde a queda há duas semanas do ditador Bashar al-Assad. O grupo islâmico é classificado pelos EUA como "terrorista".

É a primeira missão diplomática oficial enviada por Washington a Damasco desde o início da violenta guerra civil em 2011. De acordo com o Departamento de Estado, seu objetivo é discutir uma "visão de futuro para o país e como os Estados Unidos podem ajudá-los".

Guterres: Israel viola soberania síria

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que os ataques de Israel à infraestrutura militar da Síria "são violações da soberania e da integridade territorial da Síria e devem cessar". A declaração foi feita antes de uma sessão do Conselho de Segurança.

"A soberania da Síria, a unidade territorial e a integridade devem ser totalmente restauradas." Guterres também afirmou que o "Oriente Médio está sendo consumido por muitos incêndios, mas hoje há uma chama de esperança na Síria, e ela não deve ser apagada".

Desde a queda do ditador Bashar al Assad, Israel já realizou quase 500 bombardeios em território sírio e anunciou planos de expandir a população da área ocupada nas Colinas do Golã. O governo de Benjamin Netanyahu justifica as ações como forma de evitar o fortalecimento de seus adversários regionais.

Putin quer 'negociar Ucrânia com Trump'

Vladimir Putin disse ontem que está disposto a negociar um acordo sobre o fim da guerra com a Ucrânia com Donald Trump, mas não com o governo ucraniano. "Em breve, não haverá mais ucranianos querendo lutar. Estamos prontos, mas o outro lado precisa estar pronto para negociações e concessões", disse Putin, em sua tradicional entrevista coletiva de final de ano.

O presidente russo também ameaçou usar mais uma vez contra a Ucrânia o novo míssil hipersônico russo Oreshkin, que chamou de "invencível". Ele desafiou os EUA e seus aliados a abatê-lo. "Que eles determinem um alvo para destruição, concentrem todas as suas forças de defesa aérea e antimísseis lá, e veremos o que acontece."

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