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Aumenta acesso de domicílios à rede de água e coleta de lixo no País, diz IBGE

Rio

20/12/2024 10h06

A proporção de domicílios no País com acesso a saneamento básico registrou melhora na passagem de 2022 para 2023. O acesso a coleta de lixo também melhorou. Ambos, porém, permanecem distantes de alcançar a universalidade, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua): Características Gerais dos Domicílios e dos Moradores de 2023, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 20.

Dos 77,7 milhões de domicílios estimados em 2023, 85,9% (66,7 milhões) tinham acesso à rede geral de abastecimento de água, ante uma fatia de 85,5% em 2022. Entretanto, persistem as discrepâncias locais: no ano passado, 93,4% dos lares em áreas urbanas possuíam acesso à rede geral de abastecimento de água, ante uma fatia de apenas 32,3% nas zonas rurais.

Em 2023, 98,1% dos lares tinham banheiro de uso exclusivo, e, em 69,9%, o escoamento do esgoto era feito pela rede geral ou fossa séptica ligada à rede geral. Em áreas urbanas, 99,4% dos domicílios possuíam banheiro de uso exclusivo e 78,0% detinham acesso à rede geral de esgotos. Já nas áreas rurais, 88,4% dos domicílios possuíam banheiro de uso exclusivo, mas apenas 9,6% tinham escoamento do esgoto feito pela rede geral ou fossa séptica ligada à rede geral.

"É importante salientar, no entanto, a diversidade observada nas áreas rurais existentes no País quanto a esses aspectos: a cobertura de alguns serviços de saneamento básico é factível em áreas rurais no entorno de centros urbanos, enquanto em áreas mais isoladas ou com baixa densidade populacional pode ser necessária a busca por soluções localizadas ou individuais, como a instalação de fossas sépticas não ligadas à rede coletora e o uso de poços artesianos para o abastecimento de água", ponderou o IBGE.

Quanto ao tratamento do lixo, a principal destinação era por meio de coleta direta por serviço de limpeza: a proporção de domicílios com esse tipo de serviço subiu de 82,7% em 2016 para 86,1% em 2023.

A coleta diretamente por serviço de limpeza predominou em todas as regiões no ano passado, desde 75,8% dos lares no Nordeste a 91,6% dos domicílios no Centro-Oeste.

"Apesar de registrar o menor porcentual de cobertura desse serviço, a Região Nordeste assinalou a maior expansão desse indicador em relação a 2016 (de 67,4% para 75,8%)", frisou o IBGE.

Apesar do avanço, ainda havia 5,1 milhões de domicílios no País cujo destino do lixo era a queima na propriedade. As maiores incidências foram observadas nas Regiões Norte (15,4%) e Nordeste (13,9%), somando 3,8 milhões de domicílios nessa condição. Houve melhora em relação ao início da série histórica, em 2016, quando 18,5% dos domicílios do Norte e 17,2% dos lares do Nordeste tinham como principal destino do lixo a queima na propriedade.

Já o acesso à energia elétrica manteve-se praticamente estável também na série histórica, com cobertura considerada universal pelo IBGE, na média geral. Em 2023, havia acesso à energia elétrica em 99,8% dos domicílios. Em 99,4% dos lares, a energia elétrica era proveniente da rede geral, e a disponibilidade era em tempo integral em 98,7% dos casos.

"Na análise por situação do domicílio, observou-se elevada cobertura de energia elétrica, tanto em áreas urbanas (99,9%) quanto rurais (99,0%). Na Região Norte, 82,4% dos domicílios em situação rural tinham acesso à energia elétrica por rede geral, revelando a importância de fontes alternativas para uma parcela de suas áreas rurais", ressaltou o IBGE.

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