Putin diz que Rússia está mais perto de atingir objetivos na Ucrânia
Por Vladimir Soldatkin e Andrew Osborn
MOSCOU (Reuters) - O presidente Vladimir Putin afirmou na quinta-feira que as forças russas estão avançando para atingir seus objetivos primários no campo de batalha na Ucrânia e elogiou o que ele disse ser a invencibilidade do novo míssil hipersônico da Rússia.
Respondendo a questões na TV estatal durante sessão anual de perguntas e respostas com os russos, Putin disse que as forças de Moscou estão avançando ao longo de toda a frente de batalha.
"Devo dizer que a situação está mudando drasticamente... Há movimento ao longo de toda a linha de frente. Todos os dias", declarou ele.
Analistas militares ocidentais e russos dizem que a Rússia está avançando no leste da Ucrânia no ritmo mais rápido desde 2022, tomando vilarejo após vilarejo e ameaçando cidades estrategicamente importantes, como Pokrovsk, um importante centro rodoviário e ferroviário.
"Nossos combatentes estão recuperando território por quilômetro quadrado todos os dias", disse Putin.
Ele afirmou que a luta é complexa, por isso é "difícil e inútil adivinhar o que está por vir... (mas) estamos avançando, como você disse, para resolver nossas tarefas primárias, que delineamos no início da operação militar especial".
"Todos estão lutando, literalmente de forma heroica. E estão lutando agora mesmo. Vamos desejar a todos eles... boa sorte, vitória e que voltem para casa", disse.
Ao abordar a presença contínua das forças ucranianas na região russa de Kursk, Putin disse que as tropas de Kiev serão definitivamente forçadas a sair, mas se recusou a dizer exatamente quando isso aconteceria.
Putin também elogiou o que ele disse ser a invencibilidade do míssil hipersônico "Oreshnik", que a Rússia já testou e disparou contra uma fábrica militar ucraniana, dizendo que estava pronto para organizar outro lançamento contra a Ucrânia e ver se os sistemas de defesa aérea ocidentais conseguiriam abatê-lo.
"Não há chance de abater esses mísseis", declarou Putin.
"Que os especialistas ocidentais nos proponham, e que eles proponham àqueles no Ocidente e nos EUA que os pagam por suas análises, a realização de algum tipo de experimento tecnológico, digamos, um duelo de alta tecnologia do século 21."
"Que eles determinem um alvo para destruição, digamos em Kiev, concentrem todas as suas forças de defesa aérea e de defesa antimísseis lá, e nós atacaremos com o Oreshnik e veremos o que acontece. Estamos prontos para esse experimento, mas será que o outro lado está pronto?", disse ele.