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Ao menos 100 norte-coreanos morreram na guerra da Ucrânia, afirma deputado sul-coreano

19/12/2024 06h10

Ao menos 100 soldados norte-coreanos enviados para apoiar as tropas russas na guerra da Ucrânia morreram em combate em dezembro, afirmou um deputado sul-coreano nesta quinta-feira com base em relatórios de inteligência.

A Coreia do Norte enviou milhares de soldados para respaldar o exército russo, alguns deles mobilizados na região fronteiriça de Kursk, parcialmente tomada pela Ucrânia durante uma ofensiva há alguns meses.

"Em dezembro, eles entraram em combate, durante o qual aconteceram pelo menos 100 mortes", disse o deputado Lee Seong-kweun. "O Serviço Nacional de Inteligência também informou que o número de feridos é calculado em quase mil", acrescentou.

Lee declarou que há indícios de que as tropas norte-coreanas sofreram várias baixas, incluindo oficiais de alta patente, em "ataques ucranianos com mísseis e drones e acidentes durante o treinamento".

O Serviço de Inteligência de Seul atribui o número elevado de mortes a um "ambiente de combate desconhecido, onde as forças norte-coreanas estão sendo usadas como unidades de ataque descartáveis na linha de frente", disse Lee.

O deputado também afirmou que "surgiram reclamações entre os militares russos de que as tropas norte-coreanas, por sua falta de conhecimento sobre drones, são mais um fardo que uma vantagem".

A agência de inteligência também está "monitorando de perto a possibilidade de um envio maior de tropas norte-coreanas e prevê que a Rússia oferecerá um benefício recíproco, como a modernização das armas convencionais da Coreia do Norte", disse o deputado.

Na terça-feira, um oficial do exército dos Estados Unidos afirmou que as tropas norte-coreanas acumulavam "centenas" de mortos e feridos em combates contra o exército ucraniano na região de Kursk.

Coreia do Norte e Rússia reforçaram suas relações militares desde o início da invasão das tropas de Moscou ao território da Ucrânia, em fevereiro de 2022. Há alguns meses, os dois países assinaram um pacto de defesa mútua que entrou em vigor em dezembro.

kjk-hs/cwl/dbh/cjc/mas/fp

© Agence France-Presse

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