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Situação angustiante em Mayotte, que espera visita de Macron

18/12/2024 11h06

Falta água, a comida é insuficiente... A situação continua complicada no arquipélago francês de Mayotte, devastado pelo ciclone Chido, no Oceano Índico, e que receberá a visita do presidente Emmanuel Macron na quinta-feira.

Os moradores passaram a noite de terça para quarta-feira sob toque de recolher das 22h às 4h. 

O novo primeiro-ministro, François Bayrou, criticado por ter priorizado na segunda-feira o conselho municipal de sua cidade, Pau, no sudoeste da França, garantiu que viajará para Mayotte "assim que seu governo estiver formado". 

Segundo um balanço oficial provisório, a passagem do Chido no sábado deixou 22 mortos e 1.373 feridos no arquipélago. 

No entanto, as autoridades temem que haja "centenas" de mortos, talvez até "milhares", neste departamento, o mais pobre da França. 

A contagem é especialmente complicada porque Mayotte tem uma forte tradição muçulmana e, segundo os ritos islâmicos, os mortos devem ser enterrados o mais rapidamente possível. 

Os serviços de emergência trabalham intensamente quatro dias após o desastre. 

"Mais de 100 toneladas" de água e alimentos serão distribuídas nesta quarta-feira, disse o ministro do Interior, Bruno Retailleau. Além disso, 180 toneladas de suprimentos deverão chegar por via marítima na quinta-feira, segundo o Estado-Maior das Forças Armadas. 

Um hospital de campanha será instalado "antes do fim de semana ou no início da próxima, para aliviar o centro de saúde de Mayotte, que foi danificado, e sua equipe, que está exausta", acrescentou o ministro dos Territórios Ultramarinos François Noël Buffet. 

Embora a cólera não tenha sido detectada, seu reaparecimento continua sendo "uma preocupação" em um território que registrou vários casos fatais na primavera, reconheceu nesta quarta-feira a ministra da Saúde, Geneviève Darrieussecq. 

Outra prioridade é o envio de tendas de campanha e lonas para abrigar pessoas que tiveram suas casas completamente destruídas ou cujos telhados foram arrancados por rajadas de vento que ultrapassaram os 220 km/h.

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© Agence France-Presse

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