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Naufrágio descoberto na Itália revela âncoras que podem ser da Pré-História

Foto de uma das quatro âncoras de pedra pesada encontradas na Sicília, que remontam à Pré-História - Soprintendenza del Mare/reprodução/Facebook
Foto de uma das quatro âncoras de pedra pesada encontradas na Sicília, que remontam à Pré-História Imagem: Soprintendenza del Mare/reprodução/Facebook
do UOL

Do UOL, em São Paulo

18/12/2024 05h30

Um naufrágio de 2.500 anos foi descoberto perto da Sicília, na Itália, trazendo à tona âncoras de pedra e ferro. A descoberta foi realizada por arqueólogos durante uma escavação subaquática em Santa Maria del Focallo, na costa sul da ilha.

O que aconteceu

Navio estava enterrado sob areia e pedras. Durante as escavações, realizadas por pesquisadores da Universidade de Udine, em colaboração com a Superintendência do Mar da Região da Sicília, arqueólogos identificaram a embarcação. O achado estava escondido sob camadas de areia e rochas na costa de Ispica.

Escavação durou três semanas. Os trabalhos foram concluídos em setembro, mas os resultados só foram divulgados recentemente, de acordo com informações da CBS News.

Âncora pré-histórica encontrada. Próximo aos destroços foram encontradas seis âncoras: duas de ferro, provavelmente originadas no século 7 d.C., e quatro de pedra pesada, que remontam à Pré-História, segundo a Superintendência do Mar da Sicília.

Descoberta foi realizada por arqueólogos durante uma escavação subaquática em Santa Maria del Focallo, na costa sul da ilha italiana - Soprintendenza del Mare/reprodução/Facebook - Soprintendenza del Mare/reprodução/Facebook
descoberta foi realizada por arqueólogos durante uma escavação subaquática em Santa Maria del Focallo, na costa sul da ilha italiana
Imagem: Soprintendenza del Mare/reprodução/Facebook

Rota de troca cultural. "Esta descoberta representa uma contribuição extraordinária para o conhecimento da história marítima da Sicília e do Mediterrâneo e destaca mais uma vez o papel central da Ilha no tráfego e nas trocas culturais da antiguidade", disse Francesco Paolo Scarpinato, conselheiro regional da Sicília para o patrimônio cultural e identidade siciliana, em uma declaração traduzida sobre o naufrágio publicada pela Universidade de Udine.

Estudos de naufrágio podem desvendar dinâmicas entre civilizações antigas. Sicília ocupava uma posição central nas rotas de comércio que disputavam o controle da ilha até a conquista romana em 200 a.C.

Importância das interações comerciais. Segundo Massimo Capulli, professor da universidade, essa descoberta destaca a importância das interações comerciais entre gregos e cartagineses, afirmou em outra publicação. "Estamos de fato diante de evidências materiais do tráfico e do comércio de uma era muito antiga", disse.

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