Ucrânia mata general russo em Moscou em atentado a bomba
Esta é a newsletter De Olho no Mundo. Inscreva-se gratuitamente para receber no seu email de segunda a sexta. Conheça as demais newsletters do UOL. São dezenas de opções sobre os mais variados assuntos para a sua escolha.
Um atentado a bomba realizado pela Ucrânia matou o general Igor Kirilov e um auxiliar hoje em Moscou. De acordo com o governo russo, eles foram mortos por "um artefato explosivo colocado em um patinete", ativado remotamente nesta madrugada quando os dois saiam do prédio onde Kirilov morava.
Comandante das forças de defesa radiológica, química e biológica, o general foi o oficial mais graduado das forças armadas russas assassinado desde o início da guerra. Ontem, ele foi denunciado em Kiev pelo pelo Serviço de Segurança da Ucrânia pelo uso de armas químicas no conflito. Ele também já havia sofrido sanções da Grã-Bretanha pela mesma acusação.
No Telegram, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, escreveu que Kirillov "passou muitos anos expondo sistematicamente os crimes dos anglo-saxões". Deputados russos pediram que a retaliação inclua autoridades britânicas e americanas.
Mandado de prisão contra Morales
O Ministério Público da Bolívia confirmou ontem pela primeira vez a existência de um mandado de prisão preventiva de seis meses contra o ex-presidente Evo Morales. Ele é acusado de ter abusado de uma adolescente de 15 anos em 2015, com quem teve uma filha em 2016, durante o período em que ocupou a Presidência (2006-2019). A ordem de prisão data de 16 de outubro. A promotora do caso, Sandra Gutiérrez, disse que a medida não foi anunciada publicamente antes porque o processo "é muito complexo".
Morales argumenta que a investigação é uma perseguição judicial conduzida pelo governo de Luis Arce, seu antigo aliado, para "proibi-lo" de participar da corrida eleitoral no ano que vem.
Trump ameaça o Brasil
Donald Trump afirmou ontem que imporá tarifas de importação adicionais a produtos brasileiros, depois de sua posse em 20 de janeiro. "A Índia cobra muito, o Brasil cobra muito. Se eles querem nos cobrar, tudo bem, mas vamos cobrar a mesma coisa", disse Trump, em sua primeira entrevista coletiva após a eleição de novembro.
Há algumas semanas, Trump também prometeu sobretaxar em até 100% importações da China, do México e do Canadá.
Ainda ontem, o presidente eleito sofreu uma derrota na Justiça, que rejeitou o pedido de arquivamento do processo em que Trump foi condenado por falsificar documentos para encobrir um escândalo sexual durante a campanha eleitoral de 2016.
Parlamento derruba governo alemão
O chanceler alemão, Olaf Scholz, perdeu ontem o voto de confiança do Parlamento. Por 394 votos a 207 (e 116 abstenções), os deputados alemães derrubaram o governo, e o país deve ter eleições antecipadas em 23 fevereiro.
O pedido da votação de confiança foi feito pelo próprio Scholz, que esperava a derrota. No cálculo de Scholz, que perdeu a maioria parlamentar ao demitir o ministro das Finanças Christian Lindner, a antecipação das eleições pode ajudar seu Partido Social-Democrata a conseguir montar outra coalizão majoritária.
No entanto, com a economia alemã estagnada e a popularidade de Scholz em baixa, a tarefa não será fácil. Segundo pesquisas de intenção de voto, o Partido Democrata Cristão, da ex-primeira-ministra Angela Merkel, lidera as preferências dos eleitores, com mais de dez pontos de vantagem sobre o segundo colocado, o partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha.
Mais mortes em escolas nos EUA
Uma adolescente de 15 anos matou um estudante e um professore deixou seis pessoas feridas durante um ataque na escola Abundant Life Christian School, em Madison, Wisconsin (EUA), nessa segunda. Em seguida, ela se matou. Segundo a polícia, a atiradora era provavelmente uma estudante da escola. Duas das vítimas estão internadas em estado grave.
De acordo com a revista EducationWeek, houve 38 ataques a tiros com 69 vítimas, 16 das quais fatais, nos Estados Unidos neste ano. O balanço não inclui o episódio de ontem.