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PSOL vai à corte interamericana contra Tarcísio por violência policial

Derrite e Tarcísio em agenda no Palácio dos Bandeirantes - Mônica Andrade/Governo do Estado de SP
Derrite e Tarcísio em agenda no Palácio dos Bandeirantes Imagem: Mônica Andrade/Governo do Estado de SP
do UOL

Do UOL, em São Paulo

17/12/2024 10h48

O PSOL acionou a Corte Interamericana de Direitos Humanos contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), pelo aumento da violência policial no estado de São Paulo.

O que aconteceu

O partido pede que o órgão reconheça "as violações cometidas pelo estado de São Paulo". O documento foi assinado pelas deputadas psolistas Sâmia Bomfim e Mônica Seixas.

Mortes por violência policial devem ser reconhecidas como "formas de tratamento cruel e degradante", diz ofício. As parlamentares afirmam no documento que a responsabilidade também deve ser "direta do Estado".

O secretário de Segurança Pública de SP, Guilherme Derrite (PL), também é citado na ação das deputadas. Dezenas de casos envolvendo violência policial em São Paulo vieram à tona nas últimas semanas. Entre eles, o de agentes jogando um homem de uma ponte — os PMs envolvidos foram afastados e um deles, preso.

No ofício, Sâmia e Mônica pedem que a comissão determine ao governo investigações imparciais. O objetivo, segundo elas, é "identificar e punir os responsáveis por atos que causaram sofrimento físico e mental às vítimas e suas famílias".

Deputadas dizem que gestão Tarcísio reflete padrão de "negligência e permissividade". Como exemplo, elas citam a recusa do governador em adotar as câmeras corporais — declaração que ele voltou atrás com a escalada da violência.

Em meio a crise, o governador disse que "discurso tem peso". Tarcísio afirmou que suas declarações influenciam a forma como PMs agem nas ruas e podem levar a um "direcionamento errado". A frase foi interpretada, no meio político, como uma tentativa de reduzir o estrago causado pela revelação dos casos.

A permanência de Derrite no cargo foi criticada pela oposição e por organizações de defesa dos direitos humanos. Na semana passada, o secretário disse que os policiais são os "únicos e verdadeiros promotores dos direitos humanos".

O UOL entrou em contato com governo estadual e aguardo um retorno. O espaço fica aberto para atualizações.

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